Rádio digital deve custar menos ao consumidor do que TV digital

Ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou que o conversor de rádio custará entre R$ 60 e R$ 70

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Ouvir rádio digital será mais barato do que assistir à TV Digital. Enquanto o conversor televisivo chega aos mercados ao custo mínimo de R$ 499, apesar de o governo insistir que poderá baixar o valor até R$ 250, o ministro Hélio Costa afirmou que o conversor de rádio custará entre R$ 60 e R$ 70.

“O conversor é bem mais simples, e o sistema adotado, que deve ser o americano, permite que esse conversor seja mais barato. Mesmo porque ele já está pronto nos EUA é só trazer para cá”, afirma o diretor editorial da Tela Viva, André Mermelstein.

A novidade deve chegar aos rádios brasileiros já em 2008, segundo anunciou o Ministério da Comunicação. De acordo com o secretário de Telecomunicações, Roberto Martins, os testes para viabilizar a implantação devem ser finalizados ainda este ano.

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Testes

Dois sistemas de digitalização estão sendo testados, o norte-americano In Band-On Chanel e o europeu Digital Radio Mondiale. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) já autorizou a realização de 20 testes, mas apenas 5 relatórios finais foram entregues. Por isso, o gerente de Autorização de Uso de Radiofreqüências da Anatel, Yapir Marotta, classificou os testes como inconclusivos.

Se a digitalização será barata para o consumidor, o processo deve ser bastante caro para as emissoras. O professor de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB), Lúcio Martins, afirmou que o custo mínimo do modulador que as rádios terão que comprar é de US$ 30 mil.

Para baratear o preço do novo rádio, o governo federal estuda a possibilidade de fazer um acordo com as indústrias. A idéia é fazer um acordo em que os empresários diminuam a margem de lucro e o governo diminua os impostos.

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“Uma questão foi levantada pelos empresários do setor e eu vou levar ao presidente da República: Eles me disseram que 40% é a margem do lucro do revendedor e 35% são impostos. Tem de ter uma discussão nesse sentido”, adianta o ministro das Comunicações.

Ondas curtas

De acordo com a Agência Brasil, os novos rádios não recepcionarão as rádios de ondas curtas (OC) e o ministério ainda não sabe como fazer para que essas rádios cheguem ao consumidor. “O rádio de ondas curtas foi perdendo posição nos últimos anos. Não temos mais de 50 emissoras no Brasil, se tivermos. Ficamos sem ter como medir o impacto que causaria acrescentar o dispositivo de ondas curtas em um rádio AM e FM digital, porque encareceria o rádio. Talvez possamos fazer um rádio exclusivamente de ondas curtas ou um receptor. É uma questão de conversar com a indústria”, explicou o ministro.

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