Radar: comece o pregão sabendo as novidades do cenário corporativo

Destaque da sessão fica com potencial fusão entre Sadia e Perdigão e pagamento da compra da Nossa Caixa pelo BB

Giulia Santos Camillo

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SÃO PAULO – A terça-feira (17) começa negativa nos mercados acionários europeus e futuros de Wall Street, indicando um clima de cautela para a abertura doméstica. No cenário externo, o foco fica com as notícias do setor financeiro internacional e com os indicadores do mercado imobiliário e inflação dos Estados Unidos.

Por aqui, os investidores podem repercutir a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que irá se reunir com a equipe econômica para discutir potenciais mudanças no cálculo de rendimento da caderneta de poupança.

Ademais, com a agenda doméstica escassa, o noticiário corporativo fica em primeiro plano, trazendo novidades da temporada de resultados e do campo de fusões e aquisições.

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Fusões e Aquisições

A volta dos rumores sobre a fusão da Sadia (SDIA4) com a Perdigão (PRGA3) impulsionou os papéis das empresas e geraram reações de ambas as partes. A Sadia confirmou as negociações, informando o objetivo de analisar a viabilidade do processo e a convergência de interesses no caso de uma associação.

Já a Perdigão informou que, “embora tenham se desenvolvido discussões preliminares para uma eventual associação entre esta companhia e a Sadia, as partes não chegaram a qualquer entendimento sobre a matéria. Desta forma, não há, nesta data, qualquer negociação em curso”.

Sem deixar o campo das aquisições, o Banco do Brasil (BBAS3) anunciou o pagamento de R$ 310,93 milhões ao governo do Estado de São Paulo, referente à primeira parcela do contrato de compra do Banco Nossa Caixa (BNCA3). O episódio sela a incorporação.

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Dados operacionais

Na temporada de resultados, destaque para os números do setor imobiliário. A Brasil Brokers (BBRK3) registrou prejuízo de R$ 7,4 milhões no quarto trimestre do ano passado, cifra pior do que a apurada no mesmo período de 2007, quando havia reportado lucro de R$ 19,4 milhões. No acumulado do ano, entretanto, a empresa apresentou lucro líquido ajustado (sem as despesas financeiras) de R$ 58,3 milhões.

Por sua vez, a EzTec (EZTC3) anunciou um crescimento de 97% em seu lucro do quarto trimestre, que ficou em R$ 30,6 milhões. No ano fechado de 2008, os ganhos somaram R$ 102,2 milhões, uma expansão de 213% na comparação com 2007.

Para esta terça-feira ainda são aguardados os resultados de BM&F Bovespa, Eletropaulo, Log-In e SEB, programados para depois do fechamento dos mercados.

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Assembléias

A Petrobras (PETR3, PETR4) informou a assembléia geral de 8 de abril irá deliberar sobre a proposta de distribuição de dividendos no valor de R$ 0,33 por ação, referentes ao resultado de 2008.

Já a Agrenco (AGEN11) anunciou que a assembléia geral de credores foi suspensa até o dia 19 de março, para que sejam feitas alterações no plano de recuperação judicial da companhia.

Ratings em revisão

Por fim, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s colocou os ratings de crédito corporativo de longo prazo “BB-” da Cosan Limited (CZLT11) e da subsidiária Cosan (CSAN3) em creditwatch negativo.

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“O creditwatch reflete o risco de rebaixamento dos ratings da empresa em decorrência do aumento em sua alavancagem financeira ao assumir a dívida da Nova América e da potencial deterioração em suas métricas de crédito em face das incertezas com relação às atuais tendências de mercado e seus efeitos sobre a rentabilidade e fluxos de caixa da Cosan”, argumenta a S&P.

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