Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quinta-feira

Petrobras segue impactando desempenho do Ibovespa, que recua nesta tarde; NET avança com leilão da OPA

Luis Madaleno

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SÃO PAULO – Com a aversão ao risco contaminando os mercados externos na tarde desta quinta-feira (7), o Ibovespa segue a tendência e recua 1%, aos 69.831 pontos. Por aqui, a queda é ainda mais acentuada, pois soma-se ao desempenho descendente dos papéis da Petrobras.

O dia é marcado por decisões de política monetária: após a reunião encerrada nesta manhã, o BoE (Bank of England) manteve pelo 19º mês consecutivo a taxa básica de juros a 0,5% ao ano. Além disso, a autoridade monetária britânica também optou por não expandir os £ 200 bilhões que fazem parte do programa de flexibilização quantitativa. A manutenção também marcou o encontro da principal autoridade do Velho Continente. O encontro do colegiado do BCE (Banco Central Europeu) revelou que o juro básico na Zona do Euro será mantido em 1% ao ano.

Já na agenda norte-americana, surpresa positiva. Os investidores receberam nesta manhã o indicador Initial Claims, que revela o número de novos pedidos de seguro-desemprego na última semana. O indicador registrou um total de 445 mil novos pedidos no período, melhor que o esperado pelos analistas, cujas projeções giravam em torno de 455 mil.

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Por lá, o mercado ainda fica na expectativa pela divulgação do Consumer Credit, que mensura o crédito concedido aos cidadãos norte-americanos, esperado para as 16h (horário de Brasília). 

Já no cenário local, destaque para a divulgação de índices de inflação, como IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e INP (Índica Nacional de Preços ao Consumidor), que registraram alta de 0,45% e 0,54% nos preços em setembro, respectivamente. 

Petro segue em queda
Na cena corporativa, o destaque negativo do Ibovespa segue sendo a Petrobras (PETR3, PETR4). Os ativos preferenciais recuam 2,90%, enquanto as ações ordinárias listam queda ainda mais acentuada, de quase 4%.

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Após um processo de capitalização visto pelo mercado como bem sucedido, as ações da estatal vêm sofrendo seguidas quedas e rebaixamentos de recomendações. Múltiplos altos em relação à média do mercado e diluição da base acionária após a oferta de ações são dois dos principais motivos citados pelos analistas como justificativas dos cortes.

Além dos cortes, outro fator também colabora no sentido de pressionar os ativos: a estatal não deve atingir sua meta de produção de petróleo para este ano, estimada em 2,1 milhões de barris por dia. A declaração foi dada pelogerente executivo de Produção Sul-Sudeste, José Antônio Figueiredo, em coletiva para apresentação da plataforma P-57.

Segundo o executivo, a produção deve ficar entre 2% e 3% abaixo desse número, ainda dentro das estimativas da estatal. Figueiredo disse também que não houve um evento específico que causasse o não cumprimento do objetivo – somente metas ousadas e pequenos atrasos em diversos locais. “A gente poderia até falar pra vocês uma meta menor e sempre ultrapassar, mas a gente põe uma meta maior para ter um desafio”, afirmou.

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Papéis em baixa
O dia também é adverso às construtoras, que se destacam na ponta negativa do Ibovespa. Os ativos da PDG Realty (PDGR3) recuam 2,9%, enquanto os da Cyrela (CYRE3) listam queda de 2,4%. Por sua vez, a Gafisa (GFSA3) recua 1,64%.

Destaques
Já no outro lado do benchmark, destaque ao setor de energia elétrica, que vive um momentum após o resultados das eleições realizadas no último domingo. Light (LIGT3), Eletrobras (ELET6) e Cesp (CESP6), com altas respectivas de 0,96%, 0,37% e 0,07%, figuram entre os ganhos do Ibovespa.

Quanto à Light, cabe ressaltar que a companhia enviou um comunicado nesta quinta informando a decisão da Enlighted de exercer opção de venda de suas quotas do Luce Fund, controlador de 75% do Luce Brasil, para a Cemig (CMIG3).

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O contrato de opção foi acordado em 24 de março deste ano entre a Enlighted e a empresa de energia de Minas Gerais. O Luce Brasil detém, através da Lepsa, 13,03% do capital total e votante da Light. Dessa forma, a Cemig, que já era acionista da companhia com  participação de 25,53%, amplia sua fatia na empresa. Os papéis da Cemig avançam 0,1%. 

Fora do setor, a NET (NETC4) se destaca na ponta positiva do índice, com ganhos de mais de 3,4%. Esta marcado para esta quinta-feira o leilão para a OPA (Oferta Pública de Aquisição) dos ativos da NET pela Embratel (EBTP4), após a última ter anunciado novo adiamento da data no dia 28. No comunicado veiculado então, a empresa informou que ficam mantidos todos os demais termos e condições publicados no Edital do dia 20 de agosto.

 Positivo
Com alta de 0,87%, a Positivo Informática (POSI3) também se sobressai nesta tarde. A companhia venceu licitação de preços para a entrega de até 600 mil laptops educacionais para o Governo Federal, em um negócio que pode render até R$ 213 milhões à Positivo.

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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, ligado ao Ministério da Educação, acertou a compra para a segunda fase do programa Um Computador por Aluno. O objetivo é entregar as máquinas no próximo ano letivo.

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