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SÃO PAULO – Em 2012, a China emitiu cerca de US$ 2,5 trilhões ou cerca de 30% do PIB de 2011. De acordo com a analista do centro de pesquisa financeira Swab, Michelle Gibley, em entrevista para o blog Barron’s, isso não é necessariamente um problema, mas este aumento sinaliza que é preciso mais dívida para alcançar mais crescimento. Para ela, o problema da crise de crédito no Brasil é grande.
Antes da crise financeira de 2008, a China podia gerar 0,73 yuan – a moeda chinesa – de crescimento econômico a partir de um yuan em novas dívidas. Atualmente, de acordo com a agência de classificação de risco Fitch Ratings, esse valor é de 0,30 yuan a 0,36 yan.
Ao mesmo tempo, a sua dívida continua crescendo. A dívida não-financeira da China em circulação atingiu 190% da dívida em relação ao PIB do ano passado, segundo a Fitch. Este nível coincidiu com o estouro na bolha de crédito em 1990 e atingido pelos EUA três anos antes da crise do subprime, que teve início em 2007.
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“Os investidores têm razões muito boas para sair da China e sabem muito bem o que pode ocorrer se não o fizerem”, avalia Michelle. Em fevereiro, o analista do HSBC, Frederic Neumann, analisou os dados e viu uma tendência semelhante, mas com uma conclusão diferente.
Ele nota que a alavancagem aumentou, continuando a crescer com um crescimento econômico ainda bastante dependente de crédito. Entretanto, em um cenário em que o financiamento global permanece benigno e as taxas de juros estão a patamares históricos mínimos, é difícil ver esse processo de crescimento da China chegar a um fim abrupto.
Neste sentido, o Goldman Sachs se manteve neutro em relação ao país. Os próximos meses, avalia, vão ser de conflito e volatilidade em meio à redefinição das expectativas cíclicas para o gigante asiático.
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