Provável crescimento de 7,6% mostra que PIB chinês continua desacelerando

Société Générale destaca que números de novos empréstimos mostram que autoridades estão buscando estimular a economia

Felipe Moreno

Publicidade

SÃO PAULO – A expectativa do Société Générale para o PIB (Produto Interno Bruto) chinês é de crescimento apenas de 7,6%, ante um ritmo de crescimento de mais de 9% nas últimas duas décadas, comunicou o banco francês nesta quinta-feira (12).

Embora ainda precise de confirmação, o que deve ocorrer pela manhã desta sexta-feira (13), quando os números serão divulgados, a projeção indica que o mercado está cada vez mais pessimista com o ritmo de crescimento do gigante asiático.

A desaceleração tem preocupado investidores e analistas, e juntamente com fatores como a crise na Europa e a lenta recuperação norte-americana, tem pressionado o desempenho dos principais índices acionários mundiais. Acostumada com um ritmo de crescimento superior, a desaceleração chinesa preocupa também as autoridades do país, que tentam estimular a atividade econômica por lá.

Continua depois da publicidade

Empréstimos e estimulos
De acordo com o economista Klaus Baader, do banco francês, os dados de empréstimos no gigante asiático é um testamento das intenções das autoridades de estimular a economia. O total de empréstimos cresceu de 793 bilhões de iuanes em maio para 919,8 bilhões em junho – superando as expectativas do mercado. “Isso reflete o interesse das autoridades em emprestar para pequenas e médias empresas”, afirma Baader. 

Todavia, a maioria dos empréstimos, destaca o economista, é reflexo da autorização de empréstimos para grandes projetos em maio, que só tiveram a verba liberada em junho. “Mas fortes aumentos no crédito devem vir nos próximos meses, como resultado dos estímulos fiscais que estão sendo praticados”, afirma o economista. 

Contudo, a quantidade de empréstimos não está tão grande quanto o foi no pós-crise de 2008, quando o ritmo de crescimento de empréstimos era de cerca de 1,5 bilhão de iuanes mensais. Isso ocorre pelo fato de que muitos daqueles empréstimos foram utilizados para financiar o setor imobiliário, que agora não recebe tantos investimentos – já que há a preocupação de uma possível bolha no setor, o que levou o governo a intervir diretamente. 

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.