Prorrogação de subsídio ao etanol nos EUA prejudicaria a Cosan, afirma Ativa

Caso confirmado, acordo poderá dificultar posicionamento da empresa e de demais produtores brasileiros no mercado externo

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SÃO PAULO – Nesta quinta-feira (9), rumores apontavam que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teria fechado um acordo com o congresso norte-americano para prorrogar o subsídio ao etanol em um ano, diminuindo, porém, a tarifa de importação para o produto.

Na visão da Ativa Corretora, uma vez confirmado, o acordo prejudicará parcialmente o posicionamento da Cosan (CSAN3) no mercado externo, frustrando a expectativa dos produtores brasileiros de um possível aumento do consumo externo do produto e contrariando a expectativa relatada pelo Itaú na última quarta-feira (8). Segundo o banco, representantes brasileiros estariam mais otimistas quanto a possibilidade da eliminação da tarifa, ou até a renovação de um menor subsídio.

Porém, para a Ativa Corretora, uma possível elevação no consumo de etanol dificilmente surtiria efeitos positivos para as empresas do setor no médio prazo, uma vez que “o mercado ainda não precifica a formação de um consumo internacional consistente de etanol de cana”.

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Detalhes do rumor
Segundo publicado na imprensa, Obama teria cedido às pressões internas dos produtores de milho nos EUA, sobretudo em função dos problemas políticos enfrentados em seu governo.

O subsídio atual é de US$ 0,45 para a mistura de etanol na gasolina, produzido a partir do milho, com uma tarifa de importação de US$ 0,54 por galão, o que dificulta o posicionamento das companhias brasileiras nesse mercado.

Posição da UNICA
“Agora é hora de o Brasil pôr toda a pressão possível para evitar que essa distorção continue. Temos uma chance, mas é necessário pressão de todos os lados”, afirmou Joel Velasco, representante da UNICA (União da Indústria de Cana de Açúcar) em Washington. 

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De acordo com Marcos Jank, presidente da UNICA, caso os EUA tenham uma atitude que prejudique os produtores nacionais, como o aumento do imposto de importação sobre etanol ou prorrogação do subsídio, os conflitos comerciais com o Brasil devem se intensificar.

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