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A produção de biogás pode ser a grande chave para resolver os problemas da matriz energética brasileira. A elaboração é feita a partir da biodigestão de matéria orgânica, onde são aproveitados materiais como esterco, palhas, bagaço de vegetais e lixo. O carbono presente neste tipo de matéria é transformado em biogás, trata-se de uma mistura de metano e gás carbônico.
Para Alessandro Gardemann, CEO da Geoenergética, este metano é extremamente nobre, pois quando queimado em motores ou turbinas a gás, é transformado em energia elétrica, e esse gás pode ser purificado e transformado em gás natural renovável, o chamado biometano “O resíduo que sobra após a biodigestão, na realidade, é um adubo orgânico de altíssima qualidade”, afirma Gardemann.
Segundo estudos da Abiogás, a Associação Brasileira de Biogás e Biometano, o Brasil tem um potencial de produção de 120 gigawatt/hora (Gw/h) de energia, o que equivale a 1,5 Itaipu de produção. Esse volume poderia abastecer quase 25% de toda energia consumida em 2015 ou substituir 50% do diesel utilizado no país. “O custo de produção é extremamente atrativo devido ao investimento competitivo” ressalta Alessandro.
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De acordo com o presidente da Abiogás, Cícero Bley Jr., o principal motivo pelo qual o biogás ainda não entrou na matriz energética brasileira é a falta de políticas públicas que viabilizem a inserção da fonte. “O biogás se consolida como uma commodity ambiental e tem todas as condições de ser utilizado no Brasil e atender a necessidade crescente de energia elétrica e de biocombustíveis”, destaca Bley.
Este e outros assuntos, importantes para o Setor de Biocombustíveis, serão debatidos no III Fórum do Biogás. Você pode ter mais informações sobre esse evento no site: http://www.forumdobiogas.com.br/
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