Pressionado pela OGX, Ibovespa registra queda de 0,99% nesta manhã

Ações da petrolífera de Eike Batista caem mais de 25% com o anúncio da produção dos dois poços em Tubarão Azul

Ana Carolina Cortez

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SÃO PAULO – Após abrir próximo da estabilidade, o Ibovespa passa a operar em queda de 0,97% nesta quarta-feira (27), aos 55.311 pontos. O fator de maior pressão ao benchmark brasileiro é o desempenho das ações da OGX (OGXP3), pertólífera do empresário Eike Batista, que já acumulam queda de 28,91%, cotadas a R$ 5,95, acompanhando o anúncio de que os novos poços produzirão uma média de petróleo bem inferior ao esperado.

A capacidade produtiva dos poços OGX-26HP e OGX-68HP, localizados em Tubarão Azul, foi estimada em 5 mil barris cada. Após cinco meses de testes, a companhia testou vazões entre 4 mil a 18 mil barris diários, mas acabou optando por uma margem próxima do limite inferior. “Todas essas decisões foram tomadas de forma a garantir uma exploração sustentável”, afirmou Paulo Mendonça, presidente da OGX, em comunicado na véspera.

Apesar disso, o anúncio decepcionou boa parte dos analistas de mercado. É o caso do Bank of America Merrill Lynch, que optou por rebaixar sua recomendação e preço-alvo projetado para as ações da OGX após a divulgação do comunicado.

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O fator multiplicado de Eike está perpetuando perdas nas outras companhias do grupo neste dia: MMX (MMXM3, R$ 6,09, -6,02%) e LLX (LLXL3, R$ 2,28, -5,39%) figuram entre as maiores quedas do Ibovespa nesta manhã.

Zona de estresse
Na véspera, o Conselho Europeu divulgou um relatório que servirá como base para o encontro de cúpula da União Europeia, a ser realizado nos próximos dias 28 e 29. O documento, assinado também pelo BCE (Banco Central Europeu) e pela Comissão Europeia, defende a união bancária, fiscal e política na Zona do Euro, o que implica na criação de um órgão de supervisão aos mais de 8 mil bancos que compõem o bloco monetário.

O relatório também aponta medidas para concessão de empréstimos pelos fundos de resgate europeus, o que pode dificultar futuros pacotes de liquidez para países que postergam ajustes fiscais.

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De acordo com a imprensa internacional, a chanceler alemã, Angela Merkel, já se opôs às propostas elaboradas para o encontro em Bruxelas. Merkel tende a enfrentar um bloco do euro cada vez mais unido na reunião de líderes. Os países devem continuar pressionando a Alemanha por medidas mais drásticas para combater a crise e preservar o euro. 

Na próxima quinta-feira (28), Merkel se reúne com o presidente francês, François Hollande, após ter dito a parlamentares que não haveria a emissão de bônus conjuntos da Zona do Euro enquanto ela estivesse viva.

Ministros em apuro
Segundo a agência de notícias Bloomberg, a situação econômica na Espanha e no Chipre serão mote de uma teleconferência de emergência entre os ministros das Finanças dos países da Zona Euro. Eles conversarão no início desta tarde. 

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O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, já antecipou que pedirá auxílio aos líderes da União Europeia para reduzir as taxas de juros insustentavelmente altas. Vale ressaltar que o rendimento pago pelos títulos espanhóis estão próximas ao patamar de 7% ao ano, em meio às incertezas econômicas vividas pelo país. 

Já o Chipre receberá a Comissão Europeia e os funcionários do BCE (Banco Central Europeu) na próxima semana para determinar o valor do resgate à nação, estimado em € 10 bilhões.  Seria prematuro especificar quais serão as condições do resgate”, disse o ministro de Finanças do país, Vassos Shiarly, à imprensa. “Acredito que vamos discutir e concluir que não vai será tão doloroso como alguns esperam”, completou.

China em alerta
Em meio à desaceleração econômica da China, especulações apontam que uma nova série de medidas estão a caminho para estimular o mercado consumidor. O periódico chinês Securities Journal afirmou que o gigante asiático pode introduzir políticas “mais proativas” para garantir o crescimento estável.

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Ao mesmo tempo, a agência oficial de notícias do país, a Xinhua, informou que o governo planeja estreitar relações com o mercado financeiro de Hong Kong, além de impulsionar medidas de cooperação para investimentos no exterior e infra-estrutura. A China poderá incentivar joint ventures com os mercados de ações de Xangai e Shenzhen, para permitir a listagem de ações em ambos os lugares, acrescentou a agência.

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