Presidente do Banco do Japão defende intervenção da China no mercado de ações

O BoJ, inclusive, é atualmente o maior investidor único no mercado de ações de Tóquio, graças a compras agressivas de fundos de equity lançadas em 2013 pelo próprio presidente, Haruhiko Kuroda

Estadão Conteúdo

Esta foi a última reunião de política monetária comandada por Haruhiko Kuroda (foto), que será substituído por Kazuo Ueda
Esta foi a última reunião de política monetária comandada por Haruhiko Kuroda (foto), que será substituído por Kazuo Ueda

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As medidas agressivas da China para conter a queda nos preços das ações foram alvo de críticas de defensores do livre mercado, mas o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, argumenta que na opinião dele é injusto apontar a China como um país radicalmente intervencionista. “Eu não acho que é apropriado dizer que a China é o único país fazendo algo realmente sem paralelo”, disse Kuroda em entrevista coletiva.

O BoJ, inclusive, é atualmente o maior investidor único no mercado de ações de Tóquio, graças a compras agressivas de fundos de equity lançadas em 2013 pelo próprio Kuroda. Também nos anos 1990, o Japão utilizou várias ferramentas para impulsionar seu mercado de ações, como destinar economias para a compra de ações, fazer pedidos para companhias que aumentassem seus dividendos e pressionar os operadores para que não vendessem ações. Muitos no Japão, inclusive, compararam as atitudes de Pequim com as do governo japonês no passado para defender seu mercado de ações.