Preços do petróleo devem continuar altos nos próximos cinco anos, diz Ernst & Young

Demanda e preços da commodity seguirão trajetória ascendente no 3T11, apesar de situação econômica na Europa e nos EUA

Mariana Mandrote

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SÃO PAULO – Apesar da atual situação econômica de países da Europa e dos EUA, a demanda e os preços do petróleo continuarão subindo no terceiro trimestre de 2011, de acordo com levantamento trimestral global da Ernst & Young divulgado nesta quarta-feira (24).

O sócio da consultoria, Carlos Assis, vai mais além e afima que “salvo um forte choque econômico, a tendência é de preços em alta pelos próximos três a cinco anos”. Ele acrescenta que “os preços do petróleo são ditados por fornecimento e demanda, e todos os sinais apontam para crescimento moderado da demanda e fornecimento incerto”. 

Segundo a consultoria, um importante ponto na perspectiva sobre o preço é que, apesar da atividade no golfo do México ter voltado a crescer, a média de produção continua abaixo dos níveis alcançados antes do vazamento ocorrido no ano passado, enquanto processos de aplicação e licenciamento estão aumentando substancialmente. “O aumento da produção irá gerar empregos e incrementar os suprimentos domésticos de energia em um momento de esperado crescimento da demanda”, diz comunicado.

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Para Assis, a produção no restante das Américas também continuará crescendo, “notadamente o petróleo oriundo da formação Bakken, no centro-oeste dos EUA, assim como do Brasil e das areias do Canadá”.

Incertezas do mercado
Conforme o estudo, as maiores dúvidas para produtores são os efeitos de curto prazo da liberação de um estoque de 60 milhões de barris ordenada pela IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês), além do desacordo entre membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) sobre a elevação no fornecimento.

O anúncio da IEA provocou uma queda temporária dos preços, diante da perspectiva de que a liberação preenchesse o vazio deixado pelo fornecimento da Líbia. Como o mercado se move para a temporada de alta procura, a consultoria acredita que a decisão da agência seja insuficiente, fazendo com que o mercado precise de um fornecimento maior por parte da Opep.

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“No médio prazo, ao longo dos próximos três a cinco anos, a expectativa é de crescimento das pressões sobre a OPEP para aumento da capacidade de produção”, diz nota.

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