Por que o JPMorgan recomenda compra para as ações de TIM (TIMS3) e venda para as da Vivo (VIVT3)

TIM é negociada a 6,8 vezes o Valor da Firma/ fluxo de caixa operacional para 2024, em comparação com 8,0 vezes para a Vivo, avalia

Felipe Moreira

Loja da TIM (Foto: Divulgação)
Loja da TIM (Foto: Divulgação)

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O JPMorgan atualizou sua visão para teles brasileiras após incorporar os números no segundo trimestre de 2023 e ressaltou sua preferência pela ação da TIM (TIMS3) em relação à Vivo (VIVT3), com recomendação equivalente à compra para a primeira e equivalente à venda para a segunda.

Isso devido ao crescimento superior do fluxo de caixa operacional impulsionado por um ambiente competitivo melhor no segmento móvel (95% de exposição para a TIM em comparação a 65% para a Vivo), aliado às expectativas de diluição de capex (investimentos) e  o descomissionamento de sites adquiridos da Oi Móvel pela TIM.

Esses fatores devem resultar em uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) do fluxo de caixa operacional de 10,2% no período de 2024 a 2027, em comparação a 4,7% para a Vivo.

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Além disso, em termos de avaliação, a TIM é negociada a 6,8 vezes o Valor da Firma/ fluxo de caixa operacional para 2024, em comparação com 8,0 vezes para a Vivo. Dessa forma, o banco traçou preço-alvo de R$ 19 para a TIM (upside de 30% frente o fechamento da véspera) e de R$ 40 (queda de 5%) para a Vivo no final de 2024.

A equipe de research do banco tem recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para a TIM, pois acredita que empresa deva se beneficiar ao máximo dos ativos móveis adquiridos da Oi, dada sua menor dimensão relativa em comparação com a parcela adquirida.

Segundo relatório, a TIM se tornou um player mais relevante com uma participação de 27% (em termos de assinantes) em comparação com os 21% anteriores, em um mercado móvel com apenas três grandes concorrentes.

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“Além disso, devido à utilização do espectro e das torres da Oi, bem como ao desvio de tráfego 4G para 5G mais rápido do que o esperado, as perspectivas de capex estão melhorando”, ressalta JPMorgan.

Analistas apontam que os principais riscos de queda incluem falha em capturar as sinergias provenientes da aquisição da Oi móvel e aumento da intensidade competitiva de forma a manter os novos clientes adquiridos da Oi, o que pode impactar potencialmente a ARPU (Receita Média por Usuário).

O JPMorgan classifica a ação da Telefonica Brasil (Vivo) com underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda), principalmente devido ao valuation, pois enxerga melhores oportunidades em outros ativos no setor considerando o equilíbrio entre crescimento e risco país oferecido por concorrentes em comparação com a companhia. O benefício da aquisição da Oi móvel é menor em relação à TIM devido ao tamanho relativo.

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Analistas ainda destacam os principais riscos de reavaliação que incluem “(1) crescimento de receita mais forte em serviços baseados em fibra; (2) ganho adicional de participação no mercado móvel devido a um serviço superior e oferta de valor em comparação com concorrentes, que podem incluir pacotes com ofertas fixas (quádruplo play); (3) menor exposição a clientes pré-pagos, dando à empresa uma base mais resiliente em comparação com concorrentes no caso de deterioração macroeconômica adicional; (4) valor substancial gerado em novos serviços digitais”.

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