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A PetroReconcavo (RECV3) se concentrou, nesta sexta-feira (10), em comentar o desenvolvimento de seus ativos existentes, durante teleconferência de resultados do 3º trimestre. Para 2024, a empresa projeta boa saúde financeira.
“No próximo ano esses compromissos de aquisições (dispêndios) serão bem menores. A produção já deve ter crescido patamar significativo. O preço de petróleo se mantendo em patamar saudável e volume de hedge da companhia caindo bastante, a gente enxerga no ano que vem uma geração de caixa bastante forte da companhia”, destacou Rafael Cunha, CFO da petroleira junior.
Sobre capex, ele afirmou que o que pode acontecer de mais relevante está associado ao midstream de gás, que seria tanto para construção de uma planta na Bahia quanto uma negociação associada no Rio Grande do Norte – a companhia conversa com a 3R Petroleum (RRRP3) sobre seus ativos no complexo de mid downstream de Guamaré.
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Mas Cunha garantiu que esses investimentos não impactarão no fluxo de caixa do acionista por que eles virão financiamento.
PetroReconcavo: M&A não tirará dinheiro do caixa
“A companhia não tem por filosofia ficar guardando caixa para possibilidade de M&A. A gente entende que negócios são possíveis de serem financiados – a gente tem uma alavancagem muito baixa, que dá espaço grande. Se for o caso de uma aquisição grande, a gente vai discutir, fazer oferta para fazer essa aquisição. Não vejo cenário da empresa ficar acumulando caixa pensando numa grande aquisição”, esclareceu.
Durante a teleconferência, Marcelo Magalhães, CEO da PetroReconcavo, evitou, no entanto, falar de possíveis M&A em avanço e disse que o foco é na “consistência da entrega do crescimento orgânico” da companhia.
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“Acho que mais uma vez a gente tem a certeza das escolhas feitas já há algum tempo da verticalização da companhia. A operação de sondas próprias e a escolha de ativos dentro do programa de desinvestimentos da Petrobras (PETR4), assim como a equipe capacitada, são fatores importantes para fazer a entrega de forma consistente”, comentou.
Queda no custo de produção
O executivo ressaltou o incremento na produção média diária, que chegou a 28 mil barris/dia no 3T23 – crescimento de 7% em relação ao trimestre anterior.
“Após a última aquisição da companhia, que foi da Maha Energy Brasil (em fevereiro), a gente considerava que era o momento da gestão voltar um pouco mais para a companhia e focar na entrega de outros ganhos de produtividade internos”, disse.
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Um desses ganhos é com lifting cost (custo de produção e extração), cujo custo médio no 3T23 foi de US$12,15/barril, com redução de 10% na comparação com o 2T23. A meta é cair o lifting cost no ano que vem para US$ 11 e, no futuro, ir a US$ 10, de acordo com Rafael Cunha.
“Tivemos uma redução com reparo de poços. Tem o efeito de captura de sinergia operacional da incorporação da Maha Energy Brasil. E também ganho de escala, com incremento de 7% na produção, na média”, justificou a queda do custo de extração e produção.
“Isso se caracteriza como o lifting cost mais competitivo da indústria onshore no Brasil”, comemorou Marcelo Magalhães o resultado do item no 3T23.
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JCP no radar
Sobre pagamentos de dividendos, Rafael Cunha, CFO da PetroReconcavo, diz que levará em conta na decisão sobre esse assunto uma possível mudança de legislação do pagamento de juros sobre capital próprio (JCP).
“A empresa tem um saldo possível de JCP a pagar acumulado relevante, que não foi tão utilizado no passado. Então, a gente tem discutido com o conselho (de administração). Como fizemos no ano passado, vamos fazer uma declaração de pagamento de JCP agora no final desse ano, e chegando abril para maio (de 2024), quando tem a assembleia geral, vamos definir uma destinação do lucro do resultado e ter esses dividendos do JCP complementares”, disse.
As ações da companhia recuavam 1,41%, por volta das 14h35, desta sexta-feira (10), após divulgar balanço. A PetroRecôncavo (RECV3) registrou queda de 32% no lucro no terceiro trimestre, que foi de R$ 145,1 mihões.
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