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SÃO PAULO – Após duas sessões bem negativas e de operar nas mínimas desde 1999 mais cedo, a sessão foi de ganhos para as cotações do petróleo. O contrato WTI com vencimento em junho subiu 19,1%, a US$ 13,78 o barril, após chegar a subir mais de 40% no intraday. Já o brent teve alta mais modesta, de 5,38%, mas voltando a superar o patamar dos US$ 20 o barril, a US$ 20,37, após chegar a ser negociado abaixo dos US$ 16 no intraday.
Alguns fatores levam a essa alta do petróleo, em especial o WTI, que viu o seu contrato para maio chegar a operar no negativo às vésperas do vencimento em meio às preocupações com a falta de espaço para armazenamento do petróleo (veja mais clicando aqui).
Na véspera, em videoconferência, diversos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados (o chamado grupo OPEP+) analisaram a forte queda dos preços da commodity.
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Segundo apontou uma fonte da Opep à agência Reuters, é “lógico” esperar que a Opep+ anuncie maiores cortes de produção.
De acordo com estimativas de Jim Burkhard, da IHS Markit, é possível que sejam retirados do mercado 17 milhões de barris por dia se forem levados em conta os cortes já anunciados e outras suspensões de produção – devido aos baixos preços, que não permitem margens operacionais viáveis.
A Energy Aspects espera que as iminentes paralisações nos EUA representem pelo menos 1,3 milhão de bpd, que se somariam aos cortes já anunciados pelo país neste mês.
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Os integrantes da Opep+ vão implementar a partir de 1 de maio um corte de produção de 9,7 milhões de barris por dia. Apesar da redução ser histórica, ela não é suficiente para compensar a queda da demanda, que é da ordem dos 30 milhões de barris diários por conta do impacto do coronavírus.
Além disso, o cenário de tensão internacional também leva à alta da commodity. Donald Trump, presidente dos EUA, afirmou pelo Twitter que ordenou a Marinha a bombardear e destruir embarcações iranianas que ameacem os navios americanos. O Irã é um dos maiores produtores de petróleo.
Há uma semana, o Pentágono acusou Teerã de realizar “manobras perigosas” no mar, quando – de acordo com Washington – 11 lanchas iranianas navegaram perto de navios americanos nas águas internacionais do Golfo, em “alta velocidade”.
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Em resposta, Teerã reclamou da versão americana “hollywoodiana” do que aconteceu e acusou a Marinha dos EUA de comportamento “não profissional” no Golfo. Teerã acusa Washington de ter “bloqueado a passagem” de um navio iraniano no início de abril, exibindo “comportamento perigoso e ignorando avisos” da embarcação.
Ainda sobre o presidente americano, em pronunciamento na noite da véspera, ele prometeu aos empresários do setor de energia, petróleo e gás que irá ajudá-los a superar a crise, em um cenário em que muitas companhias do setor, fortemente endividadas, estão à beira da falência. O republicano garantiu que “nunca abandonará esse grande setor” da economia americana, e pediu ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, que apresente medidas de apoio nessa área.
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