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SÃO PAULO – Os principais contratos futuros de petróleo fecharam essa sexta-feira (8) em queda, tanto em Londres quanto em Nova York, refletindo as preocupações acerca da economia norte-americana advindas dos números do mercado de trabalho. O ataque da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Líbia, atingindo petrolíferas e levantando nova cautela acerca da oferta de petróleo global, não foi suficiente para inverter a tendência de baixa dos preços da commodity.
A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 118,39 no pregão desta data, queda de 0,17% em relação ao último fechamento. Já nos EUA, o contrato com vencimento em agosto, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, fechou cotado a US$ 96,20 por barril, configurando um recuo de 0,17% frente ao fechamento anterior.
Desemprego nos Estados Unidos
O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou o Relatório de Emprego de junho, indicando a criação de 18 mil novos postos de trabalho na economia norte-americana no mês passado. O número decepcionou os analistas, que esperavam por um avanço bem maior, com criação de 80 mil novos postos.
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Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego teve alta de 0,1 ponto percentual, atingindo 9,2%, outro resultado que decepcionou o mercado, que esperava a manutenção da mesma. Esses números aumentam a percepção de risco do mercado, já que as próprias autoridades do país indicam o mercado de trabalho como um setor fundamental no contexto de recuperação econômica.
A agenda econômica norte-americana foi completada com o Consumer Credit, que mostrou avanço anualizado de 2,5% em maio. Por fim, o nível dos estoques no atacado dos EUA avançou 1,8% no mês de maio, acima do esperado por analistas.
Guerra na Líbia continua
Contudo, a queda dos preços da commodity foi limitada por um ataque da Otan na Líbia, na cidade de Brega, controlada por soldados fieis ao ditador Muammar Ghadaffi, que atingiu parte da infraestrutura petrolífera da região. O ataque ocorreu na última quarta-feira (6), mas os estragos do conflito só foram divulgados nesta sessão.
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Esse ataque é o primeiro a atingir diretamente a produção petrolífera da região, o que aumenta as dúvidas sobre a retomada de produção do país, após o término da guerra. A Líbia, que outrora produziu 1,2 milhão de barris diários, teve sua produção paralisada desde a escalada dos conflitos, em fevereiro.
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