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Com as tensões elevadas entre Ucrânia e Rússia nesta quinta-feira (17), a expectativa era de que os valores dos principais contratos futuros de petróleo registrassem alta, ainda mais levando em conta temores de potencial interrupção do fornecimento de energia. . A Rússia é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e responsável por pelo menos um terço do abastecimento de gás natural na Europa.
Contudo, a sessão é de baixa para o petróleo, uma vez que outros fatores importantes para a commodity estão repercutindo no mercado. O petróleo Brent com vencimento em abril caiu 2,2%, a US$ 92,67 por barril. Já o WTI com vencimento em março fechou com baixa de 2,35%, a US$ 91,47 por barril.
Na véspera, foram divulgados os dados de estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos, que subiram inesperadamente na semana passada. Os estoques de petróleo subiram 1,1 milhão de barris na semana, para 411,5 milhões de barris em 11 de fevereiro, em comparação com as expectativas dos analistas em uma pesquisa da Reuters para uma queda de 1,6 milhão de barris.
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Contudo, o grande fator por trás da queda da commodity vem também do noticiário geopolítico. As notícias do dia apontam que os Estados Unidos estão “no meio dos estágios finais” das negociações com o Irã com o objetivo de reviver um acordo datado de 2015, conforme disse o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price.
Se as negociações avançarem, seria restabelecido o acordo nuclear que reintroduziria limites às atividades atômicas do Irã em troca do levantamento das sanções, incluindo as exportações de petróleo. Com expectativa de mais oferta, o preço cai.
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Segundo oficiais franceses, a decisão de salvar o acordo nuclear estava a apenas alguns dias de ser feita e que caberia a Teerã fazer a escolha. Isso embora o governo iraniano tenha pedido às potências ocidentais que sejam “realistas”.
Em meio a um possível novo acordo no horizonte, a Coreia do Sul disse manter conversas sobre a retomada das importações de petróleo iraniano e o descongelamento de fundos iranianos. O país asiático era um dos principais compradores de petróleo de Teerã na Ásia.
″(O) mercado de petróleo está travado em um cabo de guerra entre o alívio das sanções iranianas e as tensões entre Rússia e Ucrânia”, disse Stephen Brennock, da corretora PVM Oil.
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Em relatório, o Bradesco BBI apontou que a sua curva de petróleo estimada no caso base é de que acordo ocorra este ano, contribuindo para 2 milhões de barris por dia de produção para o mercado. Se um acordo não acontecer, os preços do brent deveriam ficar acima dos US$ 80 o barril em 2022, enquanto o cenário base dos analistas do banco era de um petróleo a US$ 65 o barril.
Contudo, analistas avaliam que o petróleo poderia cair ainda mais se não fossem as contínuas tensões sobre uma possível invasão russa da Ucrânia.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na quinta-feira que há agora sinais de que a Rússia planeja invadir a Ucrânia nos próximos dias e está preparando um pretexto para justificá-lo, depois que forças ucranianas e rebeldes pró-Rússia trocaram tiros no leste da Ucrânia.
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Já o governo da Rússia voltou a acusar os Estados Unidos de “ignorarem” os pedidos sobre segurança em resposta enviada por carta a Washington nesta quinta, o que deve manter os mercados da commodity pressionados.
(com Reuters)
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