Petrobras sobe, mas ameniza com fala de Trump; dona da Gradiente salta mais de 600% em 4 pregões

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (20)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Por mais uma sessão, o mercado brasileiro repercute as pesquisas eleitorais, com destaque para o Datafolha, mostrando Jair Bolsonaro (PSL) fortalecendo a sua liderança no primeiro turno, enquanto Fernando Haddad (PT) segue em trajetória de alta, mas com um menor ímpeto do que o Ibope da véspera. Com isso, estatais registram ganhos, enquanto a Petrobras (PETR3;PETR4), que caminhava para altas ainda mais expressivas, diminuiu o ímpeto com o petróleo zerando os ganhos após o presidente dos EUA, Donald Trump, criticar a Opep pelo Twitter. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3;PETR4)

O dia é de ganhos para a Petrobras com a companhia de olho na política, mas ameniza ganhos após  petróleo ter zerado as altas com as críticas de Trump à Opep, exigindo queda imediata dos preços da commodity. “Protegemos os países do Oriente Médio, que não estariam em segurança sem nós, mas eles continuam subindo os preços do petróleo. O monopólio da Opep tem que baixar os preços agora”, afirmou o presidente americano. 

Gradiente (IGBR3)

As ações da Gradiente tiveram nova disparada, acumulando ganhos superiores a 600% em quatro pregões. No radar da empresa está a notícia de que deve ser julgado até outubro no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) o recurso da Gradiente contra a Apple, conforme informação de Lauro Jardim, no O Globo. As empresas mantêm uma disputa judicial que se arrasta há seis anos sobre quem tem o direito de usar a marca iPhone no Brasil. 

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Hoje em recuperação judicial, a Gradiente pediu o registro no INPI do nome Iphone (com “i” maiúsculo) em 2000 e o obteve em 2008. No ano anterior, o iPhone (com “i” minúsculo) havia sido lançado nos Estados Unidos pela Apple. Em 2012, a Gradiente lançou um smartphone com o nome, G Gradiente iPhone, e a empresa fundada por Steve Jobs a acionou na Justiça.

Vale lembrar que em 2013 as ações também dispararam após a Gradiente lançar sua nova versão do iPhone, o modelo C600.  “A Apple não pode usar a marca e, caso use, é indevidamente. Por isso, estamos brigando na Justiça”, disse a empresa na ocasião.

CSN (CSNA3)

A Companhia Siderúrgica Nacional informou que concluiu as tratativas com os órgãos do Estado do Rio de Janeiro para celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta que mantém o pleno funcionamento das operações da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda.

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Em fato relevante, a companhia afirmou que o termo contempla investimentos de cerca de R$ 303 milhões em projetos e ações ambientais na região até agosto de 2024, e que fazem parte do compromisso da CSN com a sustentabilidade de suas atividades na região.

CCR (CCRO3)

Um delator da Lava Jato, o empresário Adir Assad, disse em depoimento ao Ministério Público de SP que o caixa dois destinado a políticos pela CCR foi muito maior do que o volume estimado inicialmente pela companhia.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Assad afirmou que dos cerca de R$ 46 milhões que recebeu da empresa, 80% (R$ 36,8 milhões) eram destinados a pagamentos ilícitos – montante de R$ 29 milhões a mais do que o projetado pela concessionária.

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Em nota, a CCR afirmou que o comitê constituído pelo conselho de administração do grupo fará “uma investigação profunda e meticulosa dos eventos citados no depoimento divulgado na imprensa e conexos”.

Copel (CPLE6)

A Companhia Paranaense de Energia iniciou a operação em testes do Complexo Eólico Cutia. O complexo é formado por sete parques e totaliza 180,6 MW de capacidade instalada. “Vemos essa notícia como positiva para a Copel, pois a empresa adiou o início de operação de alguns de seus projetos de geração em desenvolvimento, aumentando as incertezas em relação à capacidade de execução da empresa”, escrevem os analistas da Brasil Plural. 

IMC (MEAL3)

Na última terça-feira (19), o Valor publicou uma reportagem em afirmando que a Sapore e a Kinea, braço de investimentos alternativos do Itaú, estavam analisando fazer uma oferta pública de ações (OPA) para comprar 100% das ações da IMC (International Meal Company Alimentação), por R$ 8,50/ação e fechar seu capital.

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Em resposta, a Superintendência de Acompanhamento de Empresas e Ofertas de Valores Mobiliários de Renda Variável da B3 questionou a IMC, que negou ter conhecimento sobre o assunto. De acordo com o Valor, a IMC afirmou que “não foi contatada pela Sapore nem pelo Kinea sobre qualquer oferta pública para aquisição de ações de emissão da companhia, tampouco tem conhecimento sobre qualquer informação a esse respeito”.

Ultrapar (UGPA3) e BR Distribuidora (BRDT3)

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) abriu processo para estudar mudanças no marco legal da distribuição de combustíveis no país. A agência reguladora disse em nota que o objetivo é ampliar a competição no setor, com a retirada de barreiras regulatórias. Entre as medidas estudadas, está a permissão de que postos de gasolina comprem combustíveis direto nas refinarias ou com importadores, sem a intermediação de distribuidoras, que hoje é obrigatória.

Ser Educacional (SEER3)

A Ser Educacional encerrou as negociações para fechar o contrato de aquisição da Unigranrio. A companhia informou em fato relevante que não houve consenso com a Companhia Nilza Cordeiro Herdy, mantenedora da Unigranrio.

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De acordo com o Itaú BBA, não ter que integrar uma nova aquisição pode permitir à administração de Ser aumentar o foco no plano de expansão orgânica da companhia. Já para o BTG Pactual, a notícia é ligeiramente negativa: “O marketing estava contando com um M&A interessante para SER, e agora não será mais esse ativo. Mas achamos marginal, pois não achamos que o papel estava incorporando algum tipo de prêmio por M&A”. 

Telecom

A controladora da TIM (TIMP3) no Brasil, a Telecom Italia, está avaliando fazer uma oferta pela Nextel no Brasil. De acordo com a Bloomberg, a companhia deve contratar conselheiros para explorar uma potencial oferta se o conselho aprovar.

A compra reforçaria a posição de força da Telecom Italia em um mercado fragmentado, onde a forte concorrência tem mantido os preços baixos. O Brasil, que correspondeu a 23% do total da receita no ano passado, é uma boa escolha para a companhia, que já enfrenta ventos contrários em seu mercado doméstico com a recente entrada da companhia francesa Iliad SA.

Em 2017, a Nextel reportou 3,2 milhões de assinantes e um Ebitda (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês) negativo de US$ 31 milhões.

Eletrobras (ELET6)

O leilão de venda da Eletrobras Distribuição Amazonas (Amazonas Energia), subsidiária da Eletrobras, que estava previsto para 26 de setembro, deve ser remarcado. A expectativa é de que a nova data seja apenas na segunda quinzena de outubro.

O MME quer fechar uma nova data o quanto antes, para evitar que o processo de transferência do controle acionário e de ativos ocorra após o dia 31 de dezembro, prazo em que vence o contrato precário da distribuidora para fornecimento de energia.

Magazine Luiza (MGLU3)

O Magazine Luiza vai lançar o seu sistema de pagamentos voltado para os comerciantes do marketplace, o Magalu Pagamentos. De acordo com o Valor, o sistema inicialmente vai oferecer ao lojista a antecipação do pagamento de produtos vendidos pelo site, com cobrança pelo serviço. A novidade deve chegar em outubro.

Para os analistas da Brasil Plural, a notícia é positiva: “A solução representa os primeiros passos de uma plataforma completa de serviços financeiros direcionada aos sellers, alinhada à tendência global de full commerce e digitalização de serviços financeiros liderados por gigantes do varejo como Alibaba e Amazon”. 

Com Agência Brasil

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.