Petrobras (PETR4) inicia due diligence na Braskem (BRKM5) para eventual exercício de preferência na compra de ações

A Petrobras (PETR4) iniciou nesta segunda-feira (10) o processo de due diligence, que envolve a análise mais aprofundada dos números da Braskem ([ativo=BRKMS5]), conforme regras previstas no acordo de acionistas da petroquímica assinado entre a estatal e Novonor para eventual exercício de “tag along” ou de direito de preferência, na hipótese de alienação das ações detidas pela Novonor na companhia.

A estatal destaca que não houve qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem, sendo esta apenas uma etapa necessária referente aos direitos de tag along e de preferência.

“Nesse sentido, a Petrobras reforça que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis”, diz comunicado.

O movimento da Petrobras vem após a Novonor, acionista controladora da Braskem, ter informado na semana passada que encaminhou correspondência à Unipar (UNIP6) convidando-a para dar início ao processo de due diligence, visando receber uma oferta final vinculativa por sua participação na petroquímica.

No mês passado, a Unipar, uma das principais produtoras de cloro e soda na América do Sul, fez uma proposta não vinculante para a aquisição do controle da Braskem, a R$ 36,50 por ação.

Além da Unipar, a gestora de ativos Apollo e o grupo petrolífero dos Emirados Árabes Adnoc fizeram uma oferta conjunta pelo controle da Braskem.

A Novonor, antiga Odebrecht, uma das principais acionistas da Braskem, há tempos busca vender o controle acionário da petroquímica como parte de uma reestruturação mais ampla.

De acordo com a Guide, o impacto é positivo para as ações da Braskem.

“A cada nova notícia, fica mais provável a venda de uma parcela da Braskem para Petrobras ou Unipar, J&F, Adnoc, Apollo, entre outros. No caso da Petrobras, achamos mais provável um aumento de participação, pois a companhia relatou seu interesse em investir no segmento petroquímico no seu plano estratégico”, avalia a Guide Investimentos.

(com Reuters)