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Em entrevista à Reuters, o presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, deu novas declarações que repercutiram no mercado.
Prates afirmou na última segunda-feira (17) que novo plano estratégico da estatal para o período de 2024 a 2028 deverá prever um aporte semelhante ao atual (2023-2027), de cerca de US$ 78 bilhões.
Além disso, de acordo com reportagem da agência, a empresa está atualmente preparando uma prévia do próximo plano de negócios, que deverá ser divulgado no próximo mês e incluir um maior foco em fontes de energia renovável. A prévia tem como objetivo preparar o mercado para o documento estratégico totalmente reformado previsto para ser publicado no fim do ano.
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Com relação aos dividendos, o CEO supostamente destacou que a política atual será ajustada para a realidade de uma empresa que “investe para o futuro”. Para referência, o modelo do Goldman Sachs considera uma política de dividendos de 40% do fluxo de caixa operacional (CFO, na sigla em inglês), enquanto grandes empresas de exploração e produção devem destinar aproximadamente 40-50% do CFO para remuneração aos acionistas nos próximos anos.
O Goldman Sachs destaca que uma das preocupações dos investidores estava relacionada a um possível aumento de despesas de capital no próximo plano estratégico da empresa. Portanto, o banco acredita que o comentário deverá ser bem recebido pelo mercado.
O banco ainda disse acreditar que os riscos diminuíram, com as políticas a serem adotadas pela atual administração mais claras.
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Além disso, analistas veem a ação oferecendo uma avaliação atraente, com um Free Cash Flow Yield (FCF yield, ou a rentabilidade de fluxo de caixa, que é calculada pela divisão do fluxo de caixa entre o número de ações/ preço das ações) de aproximadamente 15% em 2024 e 2025 (com os preços do petróleo Brent a US$ 70 por barril).
O Goldman reiterou recomendação de compra para ações ordinárias e preferenciais da Petrobras, com preço-alvo de R$ 45,10 e R$ 41,00, respectivamente. O banco elevou a recomendação para as ações da estatal no fim de junho, de olho justamente na redução de riscos com a maior clareza das novas políticas da nova gestão.
O Bradesco BBI também destacou que o CEO parece defender uma mudança de longo prazo para energias renováveis, o que pode representar um alívio para as preocupações de investimentos de curto prazo em novos empreendimentos.
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“Se não houver aumento de caixa relacionado a investimentos, a Petrobras poderá manter uma sólida política de dividendos”, avalia o BBI.
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