Conselho da Petrobras (PETR4) aprova diretriz de formação de preços no mercado interno: o que muda para a estatal?

A companhia reitera que a referida aprovação não implica em mudança das atuais políticas de preço no mercado interno, alinhadas aos preços internacionais

Equipe InfoMoney

(Rodrigo Soldon/Flickr)
(Rodrigo Soldon/Flickr)

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A Petrobras (PETR3;PETR4 informou que seu Conselho de Administração, em reunião realizada nesta quarta-feira (27), aprovou a chamada diretriz de formação de preços no mercado interno.

Segundo a estatal, a diretriz reitera a competência da diretoria executiva na execução das políticas de preço, preservando e priorizando o resultado econômico da companhia, “buscando maximizar sua geração de valor.”

A diretriz incorpora uma camada adicional de supervisão da execução das políticas de preço pelo Conselho de Administração e Conselho Fiscal, a partir do reporte trimestral da diretoria executiva, formalizando prática já existente, segundo a empresa.

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“Os procedimentos relacionados à execução da política de preço, tais como, a periodicidade dos ajustes dos preços dos produtos, os percentuais e valores de tais ajustes, a conveniência e oportunidade em relação a decisão dos ajustes dos preços permanecem sob a competência da diretoria executiva”, apontou.

A companhia reitera que a referida aprovação não implica em mudança das atuais políticas de preço no mercado interno, alinhadas aos preços internacionais, e tampouco no estatuto social da companhia.

Mais cedo, o jornal O Globo havia informado que os conselheiros discutiriam em reunião nesta quarta uma proposta prevendo que seria o próprio Conselho de Administração da companhia o responsável por estabelecer a política de preços, sendo que a diretoria executiva da estatal passaria a apenas executar as decisões.

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Em nota, o Goldman Sachs apontou que, embora observe que tais diretrizes não alteram a atual política de preços de combustíveis em vigor (que acompanha os preços internacionais, mesmo que com algum atraso), elas dissipam as preocupações que os analistas do banco ouviram de alguns investidores sobre possíveis mudanças na política de preços.

“No curto prazo, as leis e estatutos vigentes limitam o espaço para intervenção do governo nas políticas da empresa”, avaliam os analistas do banco.

O Morgan Stanley vê o anúncio como um desdobramento neutro, pois não haverá mudanças efetivas nas práticas atuais ou na atual vinculação dos preços domésticos à paridade internacional.

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“Ainda assim, elimina o risco de potencialmente transferir a responsabilidade da execução da estratégia de precificação para o Conselho de Administração, o que teríamos visto como negativo”, avaliam os analistas do banco.

Para o Credit Suisse, a nova diretriz reforça a competência da diretoria executiva na execução das políticas de precificação, preservando os resultados econômicos da empresa, buscando maximizar a criação de valor. “Saudamos a nova diretriz da Petrobras, que vem com uma nota positiva após um fluxo de notícias mais negativo pela manhã, sugerindo uma possível mudança material na política de preços”, apontam os analistas do banco suíço.

O Morgan Stanley permanece com exposição equalweight (em linha com a média do mercado, equivalente a uma recomendação neutra) para os ADRs (na prática, ações da empresa brasileira negociadas na NYSE) PBR, com preço-alvo de US$ 14. “Achamos que as perspectivas de altos pagamentos de dividendos não são suficientes para compensar as preocupações relacionadas à política antes das eleições”, avaliam.

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O Goldman, por sua vez, permanece recomendando, destacando o dividend yield  (dividendo sobre o preço da ação) de cerca de 48% esperado para 2022. O preço-alvo para PETR4 é de R$ 32,80, ou alta de 5,5% frente o último fechamento.

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