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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR3;PETR4) avalia que o subsídio do governo para a redução do preço do diesel instituída após a greve dos caminhoneiros em maio deve trazer R$ 590 milhões ao caixa da empresa apenas em relação às vendas no segundo trimestre.
Ivan Monteiro, presidente da Petrobras, explicou que o processo do cálculo é novo e, por isso, natural que haja dificuldade em realizar os primeiros cálculos. “Estamos tranquilos com o recebimento dos valores”, disse em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (3). Segundo ele, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) tem mais de 20 mil notas referentes ao segundo trimestre para avaliação. A agência precisa concluir as análises de documentos enviados pelas empresas e validar impostos federais e estaduais.
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Essa perspectiva de entrada de valores praticamente garantida ajuda na visão otimista do mercado em relação à estatal. “Com os fundamentos de curto prazo da Petrobras razoavelmente garantidos pelo programa de subsídios ao diesel, acreditamos que o mercado mudará seu foco para os desenvolvimentos no campo política e outros temas, como a aprovação pendente do Projeto de Lei de Transferência de Direitos no Senado”, afirma Gabriel Francisco, analista de Petróleo e Elétricas da XP Research.
Subsídio até dezembro
O governo federal decidiu pela concessão de desconto de R$ 0,46 sobre o litro do diesel na negociação com as lideranças do movimento de caminhoneiros para tentar pôr fim à paralisação iniciada no dia 21 de maio. Desse valor R$ 0,30 serão compensados pelo governo e os R$ 0,16 restantes são referentes ao abatimento no PIS-Cofins e Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico).
Em 31 de julho, o governo anunciou que continuará contribuindo com o desconto de R$ 0,46 no preço do diesel até 31 de dezembro. Segundo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, agora será feito um cálculo da variação do preço do petróleo e do óleo diesel no mercado internacional. Isso significa que o preço do diesel pode aumentar, a depender do mercado internacional, mas o governo continuará mantendo o desconto de R$ 0,46.
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Foi a primeira revisão feita nos preços do combustível desde o acordo entre governo e caminhoneiros e, agora, a revisão será feita de 30 em 30 dias até o fim de 2018.
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