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SÃO PAULO – Por conta do aumento da incerteza diante do caos político, o mercado reverteu todo o otimismo visto no começo do mês passado e para junho está muito mais conservador com suas projeções para o mercado. Essa é a percepção da última pesquisa realizada pela XP Investimentos com investidores institucionais.
A pesquisa mostrou que 48% dos investidores participantes acreditam que o Ibovespa deve permanecer ou superar a faixa atual de 62 mil pontos nos próximos dois meses. Contudo, 31% do total vê o índice entre 62.500 e 65.000 pontos, enquanto apenas 3% deles acreditam que o índice voltará para perto da máxima do ano, na faixa de 70.000 pontos.
Por outro lado, 38% dos investidores institucionais acreditam que o índice deve ficar abaixo dos 60.000 pontos, o que significa operar abaixo da mínima (60.315 pontos) do dia 18 de maio, dia que o Ibovespa recuou 8,8% com a “bomba” que atingiu o governo Temer. Entre os mais pessimistas, 14% acreditam que o Ibovespa voltará para a faixa entre 57.500 e 55.000 pontos, diz a XP.
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Em vista do cenário bastante nebuloso por conta do caos político, 45% dos investidores preferem investir no setor de papel e celulose nos próximos dois meses, seguido por papéis de consumo (41%) e bancos (34%). E para evitar, os investidores são praticamente unânimes: 46% sugerem “ficar longe” das ações do setor de construção civil, revela a pesquisa.
Projeção de câmbio
À respeito do câmbio, a pesquisa elaborada pela XP Investimento revelou que 31% prevê o câmbio abaixo do patamar atual nos próximos dois meses, sendo que somente 3% dos entrevistados acreditam que o dólar irá para um patamar abaixo de R$ 3,10. Para 41% o câmbio estará acima de R$3,30, enquanto 28% estimam que o câmbio ficará estável, oscilando entre os atuais R$ 3,30.