“Pequena e no final deste ano”: futuro ministro prevê alta no valor da conta de luz

Aumento decorre de falta de chuvas e do uso de termelétricas para compensar queda na capacidade de hidrelétricas

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – De acordo com o futuro ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a conta de luz poderá pesar mais no bolso do consumidor em 2008, apesar de acreditar que não haverá problemas com demanda entre este e o próximo ano.

“Se houver elevação do preço, será pequena e no final deste ano”, disse, segundo a Agência Brasil. O aumento dos valores será decorrente de uma falta de chuvas e do uso de termelétricas para compensar a queda na capacidade de geração de energia pelas hidrelétricas.

Geração de energia

O funcionamento de um gasoduto, previsto para fevereiro, é visto pelo ministro como medida positiva para o fornecimento de energia no Brasil, já que permitirá a geração de mais mil megawatts de energia nas térmicas.

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Em algumas regiões, os reservatórios de água estão em condições favoráveis. A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), por exemplo, já informou que as perspectivas de chuva são positivas. “No mês de março, os reservatórios de Minas Gerais já estarão com água sobrando”.

Sobre os recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) destinados ao setor energético, ele disse que não haverá corte. “O ministério é estratégico e precisa de investimentos. A energia é o motor do desenvolvimento do Brasil. Sem ela, a locomotiva para”.

Associações também falam em alta

Para o diretor-presidente da Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia), Paulo Mayon, se as chuvas continuarem escassas, poderá haver aumento da conta de luz. “Mas numa proporção pequena e com efeito posterior”, disse.

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Para o presidente da Abrage (Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica), Flávio Neiva, quem compra direto das distribuidoras está protegido, porque o preço pago é o do contrato, que só muda com o reajuste tarifário. “Se o consumidor sofrer com a falta de chuva, será no médio prazo”, disse.

A diretor-executiva da ABCE (Associação Brasileira das Concessionárias de Energia Elétrica), Silvia Calou, falou que a previsão de aumento ainda é prematura. Estamos em situação de alerta, mas entrando em um período úmido. “Ainda temos dois ou três meses para reverter a situação”.

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