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As ações do GPA (PCAR3) registram neste ano um desempenho superior na Bolsa quando comparadas às do Carrefour (CRFB3), subindo mais de 25%, enquanto a concorrente recua mais de 8%.
Os papéis do GPA estão sob influência da venda de ativos, como o da subsidiária Éxito, além de movimentos de mercado do controlador, o grupo francês Casino.
Enquanto isso, o Carrefour avança no processo de consolidação do BIG e teve uma boa recuperação nos últimos pregões por conta dos resultados do segundo trimestre.
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No mais, ambas são fortes candidatas a se beneficiarem do início do ciclo de cortes dos juros, após o Copom reduzir em 0,5 ponto porcentual a taxa Selic, para 13,25% ao ano.
Assim, nesta semana, CRFB3 já acumula ganhos de 5,1% e PCAR3 alta de 0,63%. Nesta quarta-feira (2), as ações do Carrefour, porém, recuaram 2,3%, para R$ 13,32, ao passo que as do GPA subiram 1,67%, a R$ 20,70.
Dito isso, confira quais são as perspectivas para as ações das duas varejistas, conforme grafistas consultados pelo InfoMoney.
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PCAR3 ou CRFB3: Análise técnica
Para Pam Semezzato, analista técnica da Clear Corretora, analisando o gráfico diário das duas companhias [veja abaixo], se observa que ambas estão em tendência de alta, após correções longas e laterais.
Sobre o Carrefour, ela diz que a ação mostrou “mais força compradora” nos últimos dias [antes da queda de quarta], o que pode indicar que esteja “um pouco esticada para novas compras”.
Pam entende que o ideal para a ação seria esperar “uma correção no curtíssimo prazo” para novas entradas. “Enquanto estiver acima de R$ 11,85, a ação segue indicada para mais compras”, completa.
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Em relação ao GPA, ela aponta que está em “correção”, depois do forte movimento de alta, “mas ainda não rompeu fundos anteriores, para indicar força na venda”.
“Se formar candles de reversão altista nos próximos pregões pode seguir mais compradora, enquanto estiver acima do último topo rompido, em R$ 17,90“, completa.
PCAR3 vs CRFB3: abril/maio de 2023 a agosto de 2023
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Quando analisadas no médio prazo [veja gráfico abaixo], as ações do GPA ainda “não estão com tendência bem definida”, sobretudo após não se manterem abaixo do fundo de R$ 16,25 – “voltando ao range de lateralização anterior”, com extremidades em R$ 23,80 e R$ 16,25.
Segundo ela, porém, PCAR3 rompeu a Linha de Tendência de Baixa (LTB) e fez uma “boa ‘perna’ de alta”, indicando mudança de tendência, que será confirmada se formar um fundo mais alto do que o anterior – em R$ 13,65 –, conseguindo romper a resistência de R$ 23,80.
Em relação ao Carrefour, Pam nota que as ações conseguiram reverter a tendência de baixa, “com o rompimento da LTB”, traçando um fundo mais alto do que o anterior, com a confirmação do rompimento do topo anterior, em R$ 11,85, e “boa continuidade”.
PCAR3 vs CRFB3: 2021 a 2023
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PCAR3: curto prazo
Para o analista técnico da Top Gain, Matheus Lima, analisando as ações do GPA pelo gráfico diário [abaixo logo abaixo] se observa que vinham em tendência de baixa, desde o topo deixado no início de setembro de 2022, respeitando sua LTB, com topos e fundos descendentes.
“Entretanto, após fazerem um novo fundo – e ficarem alguns dias sendo negociadas na região entre R$ 13,36 e R$ 13,84 –, as ações começaram a ganhar fôlego e iniciaram uma movimentação de alta, com topos e fundos ascendentes, rompendo com um ‘gap de fuga’ a LTB (Linha de Tendência de Baixa)”.
Neste momento, acrescenta ele, as ações encontram-se em uma região de suporte, nos R$ 20,36. Caso não haja a perda dessa região, Lima entende que pode haver uma continuação de alta das ações, “visando os próximos topos em R$ 23,30, R$ 24,41 e, mais acima, em R$ 25,93.”
“Caso a ponta vendedora continue atuando fortemente e as ações percam a região dos R$ 20,36, elas poderão buscar os próximos pontos de suporte, em R$ 19,09, R$ 17,97 e, mais abaixo, em R$ 15,75“, acrescenta.
PCAR3: março/22 a agosto/23
PCAR3: médio prazo
Olhando o médio prazo, Lima aponta que é possível observar que o suporte dos R$ 13,36 estava em uma região de extrema importância, que foi testada várias vezes no ano de 2020.
“Após esses testes as ações ganharam força e subiram rapidamente até seu topo histórico, dos R$ 41,24, em junho de 2021, ponto em que se deu início à sua desvalorização, voltando a testar esse patamar de suporte.”
Assim, segue Lima, se observam duas frequências de LTB [veja gráfico abaixo], que foram rompidas. No entanto, destaca, ainda há região de topos anteriores, “de suma importância”, que as ações precisam superar para seguir movimentação de alta: entre R$ 24,41 e R$ 25,93.
“Rompendo essa região, as ações poderão buscar os próximos topos, em R$ 32,75, e sua máxima histórica, em R$ 41,24. Já seus suportes ficam em R$ 18,62, R$ 15,71 e, mais abaixo na região de extrema importância, dos R$ 13,36.”
PCAR3: março/20 a agosto/23
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CRFB3: curto prazo
Assim como GPA, aponta Lima, as ações do Carrefour também vinham com movimentações de baixa, dentro de uma LTB, até julho deste ano, quando romperam esse canal e deram início à reversão de tendência.
Dessa forma, as ações encontram-se agora em uma região de alta relevância, por ser um patamar de preço de fundos anteriores, aplicando-se, assim, o princípio da bipolaridade (quando um suporte rompido se torna uma resistência).
“Havendo o rompimento da região entre R$ 13,42 e R$ 14,13, as ações tendem a buscar os próximos topos, em R$ 15,05, R$ 15,96 e R$ 16,43. Já os suportes ficam em R$ 12,42, R$ 11,92 e, mais abaixo, em R$ 10,49“, diz Lima.
CRFB3: setembro/22 a agosto/23
CRFB3: médio prazo
Por fim, no médio prazo, sobre Carrefour, se identifica “uma consolidação ampla”, entre novembro de 2018 até o final de novembro de 2022 – “momento em que houve a perda da importante região de suporte da consolidação, fazendo com que as ações buscassem novas mínimas históricas, em maio deste ano, nos R$ 8,75.”
Após essa mínima, entretanto, as ações passaram a se recuperar, com topos e fundos ascendentes, “tendo em vista os R$ 15,26, fundo da consolidação, que agora poderá servir como resistência.”
“Esse será um momento de extrema importância: caso haja o rompimento desta região de preço, as ações voltam a ser negociadas dentro desta lateralização. Caso não haja o rompimento desta resistência, as ações poderão voltar aos suportes dos R$ 12,42 e, mais abaixo, na mínima histórica, dos R$ 8,75.”
CRFB3: julho/17 a agosto/23
PCAR3 ou CRFB3?
Em resumo, aponta Lima, tanto PCAR3 quanto CRFB3, estão no “mesmo contexto”, do ponto de vista da análise gráfica. Entretanto, as ações do Carrefour “têm um espaço maior até chegar na região que tende a encontrar dificuldades para romper.”
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