Paranapanema renegocia dívida, alta de 135% em lucro de small cap e mais resultados agitam o radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta terça-feira (8)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A temporada de resultados do segundo trimestre é foco do radar da noite desta terça-feira (8), com destaque para os balanços da Iguatemi e da small cap Ouro Fino. Além disso, a Paranapanema fechou um acordo para renegociar dívidas de aproximadamente US$ 616 milhões. Confira os destaques:

BR Properties (BRPR3)
A BR Properties teve prejuízo líquido de R$ 8,8 milhões no segundo trimestre de 2017, montante 67,0% abaixo do prejuízo de R$ 26,9 milhões registrado no mesmo período de 2016.

Segundo balanço publicado nesta terça-feira, 8, pela companhia, o resultado líquido foi impactado, principalmente, pelo efeito não caixa da desvalorização cambial sobre o bônus perpétuo denominado em dólares, no montante de R$ 26,0 milhões.

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O lucro líquido ajustado (que desconsidera amortização, depreciação e efeitos não caixa) foi de R$ 20,9 milhões, recuo de 4,1% na mesma base de comparação. No semestre, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 41,357 milhões, queda de 10%.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 82,970 milhões no segundo trimestre, baixa de 15%. No semestre, o Ebitda ajustado alcançou R$ 172,257 milhões, retração de 14%.

A receita líquida no segundo trimestre foi de R$ 104,678 milhões, encolhimento de 13%. No semestre, a receita totalizou R$ 218,708, queda de 12%. Essa redução no faturamento é explicada pelo aumento dos espaços vagos nos empreendimentos na comparação anual, bem como pela redução do valor de aluguel de determinados contratos.

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Iguatemi (IGTA3)
A Iguatemi, dona de 17 shopping centers no País, teve lucro líquido de R$ 50,975 milhões no segundo trimestre de 2017, uma alta de 45,3% em relação ao mesmo período de 2016, conforme balanço publicado nesta terça-feira, 8, pela companhia. No acumulado do primeiro semestre, o lucro líquido totalizou R$ 101,594 milhões, aumento de 37,7% na mesma base de comparação.

O aumento do lucro no trimestre decorre, principalmente, do recuo das despesas financeiras por conta das quedas na alavancagem e no custo da dívida. Pelo lado operacional, também houve ganhos de receita com o recebimento de luvas pela entrada de novos lojistas, alta no faturamento com aluguéis e redução da inadimplência dos comerciantes que ocupam espaços nos shoppings.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 130,472 milhões no segundo trimestre, crescimento de 7,3%. No semestre, o Ebitda totalizou R$ 256,236 milhões, alta de 2,2%. No fim de junho, a margem Ebitda atingiu 76,1%, patamar próximo do teto da meta para o ano, que vai de 73% a 77%.

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O lucro medido pelo FFO (lucro líquido antes de depreciação, amortização e efeitos não caixa) atingiu R$ 77,356 milhões de abril a junho, avanço de 24,1%. No semestre, o FFO chegou a R$ 154,454 milhões, crescimento de 19,9%.

A receita líquida atingiu R$ 169,413 milhões no segundo trimestre, variação positiva de 4,1%. No semestre, a receita foi a R$ 336,762 milhões, expansão de 4,2%. A companhia tem a meta de elevar a receita entre 2% a 7% no ano.

A Iguatemi teve uma despesa financeira líquida de R$ 43 milhões, o que representa uma queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 53 milhões.

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Fras-le (FRAS3)
A Fras-le reportou um lucro líquido de R$ 27,9 milhões no segundo trimestre, uma alta de 45,7% ante os R$ 19,1 milhões de um ano antes. Enquanto isso, a receita líquida consolidada caiu 0,9% no mesmo período, atingindo R$ 215,1 milhões. Apesar do resultado pior, a receita evoluiu ante o primeiro trimestre, o que se deve, em grande parte, pelo maior volume de vendas.

O Ebitda no segundo trimestre ficou em R$ 33,8 milhões, também sofrendo a influência do menor nível de receitas e lucro bruto, com uma queda de 24% ante os R$ 44,4 milhões reportados entre abril e junho de 2016. A margem Ebitda ficou em 15,7% no trimestre, que corresponde a uma queda de 4,8 pontos percentuais comparado ao mesmo período do ano passado.

O custo dos produtos vendidos do primeiro semestre somou R$ 296,4 milhões, e representou 75,5% da receita líquida consolidada, resultando em uma pequena evolução de 2,6% em valor absoluto, e um acréscimo de 7,0 pontos percentuais em proporção à receita líquida consolidada.

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Já as despesas operacionais somaram R$ 32,3 milhões entre abril e junho, apresentando uma redução de 10,2% comparadas ao segundo trimestre de 2016, quando haviam ficado em R$ 36,0 milhões.

Ouro Fino (OFSA3)
A Ourofino apresentou receita líquida de R$ 137,9 milhões no segundo trimestre de 2017, um crescimento de 2,5% comparado ao mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido ajustado fechou em R$ 14,9 milhões, um aumento de 136,5% em relação a um ano antes.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 32,0 milhões com margem Ebitda de 23,2%, um aumento de 8,2 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2016. As despesas com vendas, gerais e administrativas do segundo trimestre somaram R$ 46,4 milhões, com recuo de 14,7% em um ano.

Paranapanema (PMAM3)
A Paranapanema celebrou com sua controlada CDPC – Centro de Distribuição de Produtos de Cobre, na qualidade de fiadora, e com seus principais credores, o Instrumento Particular de Acordo Global que envolve a renegociação de dívidas no montante total aproximado de US$ 616 milhões, disse a empresa em fato relevante.

O acordo está sujeito à realização, pela companhia, de aumento de capital mediante oferta pública de distribuição de ações, com esforços restritos de colocação, em um montante entre R$ 290 milhões e R$ 450 milhões.

O acordo também depende da conversão de debêntures conversíveis em ações de emissão da companhia, por parte dos credores, em montante equivalente a R$ 360 milhões.

(Com Agência Estado)

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.