Para Nobel de Economia, Fed deveria tolerar inflação entre 3% e 4% ao ano

Meta atual em 2% faz com que o desemprego em massa permaneça, argumenta Paul Krugman

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SÃO PAULO – Para o vencedor do prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman, o Federal Reserve deveria tolerar uma inflação entre 3% e 4% ao ano, a fim de impulsionar a economia norte-americana e enfraquecer os atuais níveis de desemprego. Atualmente, a autarquia monetária trabalha com a meta de 2% ao ano, e já declarou que usará os instrumentos necessários para conter a inflação.

“A coisa mais imprudente é permitir que o desemprego em massa permaneça”, disse Krugman à agência de notícias Bloomberg. “Tivemos uma falência em massa de nosso sistema político, que permitiu que aceitássemos um patamar de desemprego de 8% como normal e que nada fosse feito”, continuou.

Em artigo publicado no New York Times em 24 de abril, Krugman disse que a lógica de permitir o aumento dos preços está em linha com a fala do presidente do Fed, Ben Bernanke, em 2000, quando sugeriu que o Banco do Japão elevasse a inflação para escapar da deflação. Entretanto, na última reunião da autarquia, Bernanke argumentou que estimular a inflação nesse momento seria imprudente para um crescimento sustentável da economia dos Estados Unidos.

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