Organização pede pressão coletiva diante do autoritarismo em Cuba e na Venezuela

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é um "líder autocrático" e um "desastre", disse o diretor executivo da HRW, Kenneth Roth, em entrevista coletiva

Equipe InfoMoney

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A organização Human Rights Watch (HRW) pediu nessa quinta-feira (12) aos países da América Latina que exerçam uma “pressão” coletiva para conter o crescente autoritarismo em Cuba e na Venezuela, e condenou o aumento da violência no México. A informação é da Agência France Press (AFP).

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é um “líder autocrático” e um “desastre”, disse o diretor executivo da HRW, Kenneth Roth, em entrevista coletiva.

Ao apresentar o relatório anual da organização, Roth observou que Cuba não fez “avanços significativos” nos direitos humanos desde que iniciou seu processo de aproximação com os Estados Unidos.

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“A resposta é um amplo enfoque multilateral” na região, disse o diretor, advertindo que “a pressão unilateral dos Estados Unidos faz o jogo de demagogos como Castro e Maduro”.

O ativista lembrou que a Organização dos Estados Americanos (OEA) debateu a aplicação de sua Carta Democrática na Venezuela e pediu aos chanceleres dos países-membros que continuassem os esforços.

“Espero que os chanceleres continuem os esforços para usar a Carta Democrática, fazer realmente uma investigação e pressionar Maduro”, disse. Para ele, “um tipo similar de pressão multilateral será necessária em Cuba”, país que não é membro da OEA.

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O relatório da HRW tratou do perigo do crescente populismo na Europa e nos Estados Unidos, com a eleição de Donald Trump, o que também é apreciado em outros países como a Venezuela.

“A Venezuela é um bom exemplo não só do fenômeno do homem forte, como também do desastre que pode representar para os habitantes desse país”, afirmou Roth.

Sobre Cuba, ressaltou a aproximação diplomática com os Estados Unidos, mas disse que a HRW está “decepcionada porque isso não foi acompanhado por uma melhora significativa dos direitos humanos” na ilha. “Continuamos tendo essas contínuas prisões rápidas como um método para impedir qualquer protesto organizado ou qualquer esforço para fazer com que a voz do povo cubano seja ouvida”, afirmou.

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Roth também expressou preocupação com o “aumento da violência” no México, denunciando a corrupção policial.

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