ONS vê impacto pequeno em termelétricas após alta no preço do diesel

"Haverá impacto, mas será pequeno. Não temos muita térmica a diesel; a maioria é a gás", disse diretor sem mensurar quanto poderia ser esse impacto e quanto poderia ser repassado para as tarifas de energia.

Reuters

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RIO DE JANEIRO – O Operador Nacional do Sistema (ONS) espera que o custo da energia térmica no Brasil cresça nos próximos meses depois do aumento no preço do diesel, anunciado pela Petrobras na noite de quinta-feira.

O diretor-geral do órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), Hermes Chipp, afirmou a jornalistas que o reajuste no preço do diesel afetará principalmente térmicas do Nordeste, num total de cerca de 3.000 megawatts. O parque total de térmicas do Brasil é de 20 mil MW.

“Haverá impacto, mas será pequeno. Não temos muita térmica a diesel; a maioria é a gás”, disse ele a jornalistas sem mensurar quanto poderia ser esse impacto e quanto poderia ser repassado para as tarifas de energia.

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Chipp acrescentou que por enquanto não há “nenhuma perspectiva” de se desligar térmicas enquanto as chuvas “não vierem firmes para recuperar reservatórios” das hidrelétricas.

Ele afirmou que o ONS já começou a liberar vazões de hidrelétricas que vinham sendo preservadas durante a estiagem. Esses são os casos de usinas como Emborcação e Nova Ponte, ambas em Minas Gerais.

“Seguramos no período seco e já começamos a soltar os reservatórios de cabeceira nessa virada do período seco para o úmido”, disse o diretor-geral do ONS.

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Chipp afirmou que a previsão do ONS é que o verão de 2014/2015 será menos intenso que o verão de 2013/2014. Se isso se confirmar, o pico de carga de energia será menor no próximo verão que um ano antes.

“Se a temperatura for elevada, e a expectativa é que não seja tanto quanto o ano passado, o pico de carga será menor”, afirmou ele.

Chipp reiterou que não há risco de racionamento de energia no país. Na quarta-feira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) elevou para 5 por cento o risco de déficit de energia em 2015 no Sudeste e Centro-Oeste do país, atingindo assim o risco máximo tolerável no sistema. No mês passado, o CMSE estimava esse risco em 4,7 por cento.

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