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SÃO PAULO – No dia em que o Ibovespa encerrou uma sequência de 4 pregões de alta, as ações da Oi (OIBR4) roubaram a cena na ponta positiva, chegando a subir 18% na máxima da sessão, em meio às novidades envolvendo sua fusão com a Portugal Telecom e a revisão do acordo entre as duas empresas. Também ficaram entre os maiores ganhos as ações da Vale (VALE3; VALE5), que subiram forte após bons indicadores na China.
Do lado de baixo do Ibovespa, os bancos Itaú (ITUB4), e Bradesco (BBDC3; BBDC4) chamaram atenção ao recuaerem mais de 3% após o Morgan Stanley rebaixar sua recomendação. A Braskem (BRKM5) é outra que caiu com corte de indicação de um banco de investimento. Ainda dentro do índice, as ações da Cielo (CIEL3) recuaram mais de 3% em seu 3º pregão seguido no vermelho, enquanto a ALL (ALLL3) chegou a cair 5,5% após divulgar sua prévia operacional do 2º trimestre.
Fora do radar, a micro cap Tecnosolo (TCNO4, R$ 0,27, +42,11%) voltou a se destacar positivamente, atingindo nesta quarta-feira (16) seu maior patamar desde maio de 2012 e somando ganhos de 65% nos dois últimos dias.
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Confira os principais destaques da Bolsa nesta quarta-feira:
Oi (OIBR4, R$ 1,76, +12,82%)
A RioForte, holding da família Espírito Santo, não reembolsou 847 milhões de euros em notas promissórias compradas pela Portugal Telecom que venceram na terça-feira, obrigando à revisão do acordo de fusão com a companhia brasileira, o que levou à redução da participação da portuguesa na empresa resultante da união, a CorpCo, para 25,6%.
Embora a fusão da nova empresa resultante possa ser rebaixada para grau especulativo devido à dívida não paga, as ações da Portugal Telecom subiram 4,6% hoje na Bolsa de Lisboa, refletindo alívio com o prosseguimento da fusão, fato que também foi refletido nas ações da Oi na Bovespa.
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Itaú e Bradesco
Do lado negativo do Ibovespa, destaque para as ações dos bancos, com Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 33,45, -2,59%), Itaúsa (ITSA4, -2,39%, R$ 9,00) e Bradesco (BBDC3, R$ 34,80, -1,97%; BBDC4, R$ 33,57, -3,28%) entre as maiores perdas do índice.
Nesta manhã, o Morgan Stanley rebaixou as ações do Itaú e Bradesco para underweight (desempenho abaixo da média). Em relatório, o analista Jorge Kuri diz que os bancos são altamente sensíveis à queda no emprego. O Morgan Stanley se mantém, no entanto, neutro em bancos públicos, dada a base de clientes mais estável.
Vale (VALE3, R$ 31,92, +2,77%; VALE5, R$ 28,52, +1,78%)
A mineradora ficou entre as maiores altas do dia após o PIB (Produto Interno Bruto) da China – o maior mercado de minério do mundo – crescer 7,5% no segundo trimestre deste ano, ficando acima das projeções de 7,4%. O porta-voz da agência de estatísticas que divulga o resultado disse que crescimento está dentro de um “intervalo razoável”, mas ponderou que a economia chinesa ainda enfrenta riscos negativos, especialmente por causa da desaceleração no setor imobiliário.
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CSN (CSNA3, R$ 11,44, -0,52%)
As ações da siderúrgica fecharam perto da estabilidade após forte alta nas últimas sessões, impulsionadas pelo “rali da recompra”. Somente em julho, os papéis da CSN já acumulam ganhos de 26,64%. Desde que anunciou a recompra de ações, em 26 de junho, é possível verificar que a Itaú Corretora – instituição escolhida pela CSN para intermediar o programa de recompra – é, com larga vantagem, a maior compradora dos papéis CSNA3 na Bovespa, o que se torna um grande indício de que a CSN está recomprando fortemente seu papéis.
Vale destacar que o programa de recompra da companhia tem prazo para terminar e limite de compras, o que indica que mesmo que as ações continuem subindo, uma pressão vendedora pode pesar para a empresa nos próximos meses, já que analistas estão bem desanimados com a empresa. O atual programa da companhia prevê a aquisição de até 3% do total de ativos em circulação, ou 26.781.661 papéis, até o próximo dia 25 de julho.
Essa interrupção na sequência de altas das ações podem também indicar que o programa teria chegado ao fim, ou estaria muito próximo disso, principalmente porque nesta sessão o Itaú não liderou as compras de ações.
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Ambev (ABEV3, R$ 16,02, +1,97%)
Em relatório divulgado na segunda-feira, o JP Morgan disse que acredita que, apesar da performace das ações abaixo do desempenho do Ibovespa, esta pode ser uma boa oportunidade de compra dos papéis da companhia. Ainda no relatório, o banco reitera o overweight das ações e que a empresa é Top pick do setor na América Latina.
Cielo (CIEL3, R$ 43,70, -3,96%)
As ações da Cielo apresentam queda pelo 3º dia consecutivo, acumulando perdas de 6,00% no período. Apesar da queda, na segunda-feira os papéis da empresa chegaram a bater sua máxima histórica (R$ 47,10).
A empresa divulgou nesta quarta-feira um levantamento em que mostra queda de 7,2% no tíquete médio gasto por turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo, na comparação com o padrão dos primeiros cinco meses do ano. No período do torneio, os estrangeiros gastaram em média R$ 241 por compra, enquanto que, entre janeiro a maio, o gasto médio foi de R$ 260.
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ALL (ALLL3, R$ 7,72, -4,57%)
A empresa informou nesta quarta-feira, em prévia de resultados do segundo trimestre, que seu Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizaçã) consolidado cresceu 0,2% de abril a junho deste ano contra o mesmo período do ano passado, chegando a R$ 579,5 milhões.
A ALL acrescentou que o volume transportado no segundo trimestre teve alta de 0,9% na comparação anual, mostra fato relevante divulgado minutos antes da abertura do pregão. O segmento de operações ferroviárias, que é o principal representante do Ebitda da empresa, cresceu 0,1% na comparação anual, para R$ 560,5 milhões. Vale mencionar que as ações da empresa atingem o menor patamar desde 9 de abril.
Forjas Taurus (FJTA4, R$ 0,79, 0,00%)
Ontem, a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) atingiu 49,75% do capital das ações ordinárias da companhia. Vale mencionar que a posição acionária ainda sofrerá alteração, em função do 2° rateio das sobras de ações oriundas do aumento de capital, que irá de 14 a 18 de julho. Após o término deste período, a companhia irá convocar uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para a homologação do aumento de capital, com prazo mínimo de antecedência de 15 dias, para então divulgar a nova posição acionária, a partir da conclusão do período de subscrição.
Braskem (BRKM5, R$ 14,45, -2,69%)
As ações da Braskem recuaram reagindo à notícia de rebaixamento feito pelo Santander para “manutenção” nesta quarta-feira. Vale destacar ainda o volume movimentado pelos papéis, que superou sua média e fechou o dia com R$ 19,68 milhões. Em relatório, a instituição financeira destacou que os preços mais elevados do petróleo e a forte valorização do real também são pontos negativos para a empresa. Além disso, o Santander sinalizou um pessimismo sobre a Braskem e afirmou que as perspectivas da companhia são pouco inspiradoras.
Tecnosolo (TCNO4, R$ 0,27, +42,11%)
As ações da empresa voltaram a ser destaque neste pregão, em meio a recuperação da empresa neste ano, atingindo o maior patamar (R$ 0,25) desde maio de 2012.
A empresa de consultoria de engenharia e obras, passou por fortes turbulências nos últimos quatro anos. A empresa, que já tocou projetos importantes no Rio de Janeiro, como a Arena Multiuso do Pan-2007, foi abatida por uma crise anos atrás e precisou entrar com um processo de recuperação judicial em 2012 depois que perdeu a capacidade de pagar suas dívidas. Quebrada, a empresa perdeu credibilidade no mercado e suas ações, juntamente, naufragaram na Bolsa. Cotada acima de R$ 1 no início de 2010, a ação da empresa caiu para R$ 0,03. Mas, passado todo o sufoco e numa bem-sucedida recuperação judicial, a empresa já vê motivos para comemorar.
Além de planos mais ousados, a ação começa a se recuperar na Bovespa. Da sua mínima histórica (R$ 0,03) até agora, o papel já subiu 700%, indo para R$ 0,28 no pregão de hoje. A empresa entrou na lista das 5 únicas ações da Bovespa que subiram mais de 100% no 1° semestre deste ano.
Fleury (FLRY3, R$ 16,60, +0,67%)
A Gávea Investimentos deve concluir a compra de participação dos médicos acionistas do laboratório Fleury. Segundo o Valor, os médicos acionistas do Fleury e o Gávea já chegaram a um acordo de preço para a venda da participação. Os médicos, agrupados na Core, teriam aceitado, em reunião realizada no mês passado, vender sua fatia na empresa ao valor de R$ 18,50 por ação. Por conta do valor estabelecido, é natural que as ações busquem o valor da compra e subam até aquele patamar. Ontem, os papéis fecharam a R$ 16.
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