Oferta de ações da Orizon (ORVR3) deve reduzir alavancagem, aumentar free float e permitir novas aquisições, aponta Credit

Credit Suisse reitera recomendação outperform e preço-alvo de R$ 47,40 para os ativos

Felipe Moreira

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A Orizon Valorização De Resíduos (ORVR3) anunciou na última quarta-feira (19) uma oferta pública de distribuição primária e secundária de ações ordinárias de emissão da companhia, o que levou a uma queda de cerca de 7% na sessão (em um dia também bastante negativo para o Ibovespa).

O Credit Suisse espera que a Jive venda toda a sua participação na empresa (8,2 milhões de ações), enquanto a Orizon deve emitir 2,68 milhões de novas ações, com a possibilidade de emissão adicional de 1,34 milhão de ações, dependendo da demanda do mercado. Considerando o preço das ações da ORVR3 no fechamento de ontem (19), a oferta total seria de R$ 365 milhões (dos quais R$ 90 milhões seriam direcionados ao caixa da empresa).

Apesar da reação a princípio negativa, os analistas do Credit Suisse deram um viés positivo ao anúncio.

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Na avaliação do Credit, o follow-on permitiria à Orizon dar continuidade ao seu plano de crescimento por meio de pequenas aquisições, cujos retornos têm sido positivos até agora. “Com uma redução mais rápida da alavancagem, a empresa teria espaço para levantar mais capital e acelerar seu crescimento”, acrescenta o banco.

Além disso, a oferta secundária elimina a sobrecarga técnica de uma saída não planejada da Jive, visto que ser sócia de ativos como Orizon não é o negócio principal do fundo.

O time de análise do Credti Suisse ainda lembra que o capital social da Orizon está atualmente dividido em 80,3 milhões de ações, portanto a oferta base aumentaria o número de ações em 3,3%. O free float poderia aumentar de 43% (excluída a Jive) para 55% considerando toda a oferta sendo absorvida pelo mercado (sem considerar ações adicionais), melhorando potencialmente a liquidez.

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Segundo cálculos do banco, a oferta poderá reduzir a alavancagem da companhia para de 3,7 vezes para 3,3 vezes,  Dívida Líquida/Ebitda (ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), acelerando a redução natural que pode advir do ramp-up das novas operações.

Por fim, o banco suíço reitera recomendação outperform e preço-alvo de R$ 47,40, o que implica em potencial de valorização de 41,1% frente a cotação de fechamento de quarta-feira (19), de R$ 33,60.

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