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O Itaú BBA retomou a cobertura da ação da Oceanpact (OPCT3), uma das principais prestadoras de serviços marítimos do Brasil, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 7,60 ao fim de 2024, o que implica em um potencial de alta de 51% em relação ao preço de fechamento da última sexta-feira (8) de R$ 5,02.
Na avaliação do banco, a OceanPact está bem-posicionada para se beneficiar do crescimento da produção brasileira de petróleo e gás natural e do promissor setor de energia eólica offshore (alto mar) do País.
“Essas perspectivas de crescimento, combinadas com uma frota limitada de embarcações de apoio offshore no País, provavelmente continuarão a impulsionar as tarifas diárias no futuro e levarão à assinatura de novos contratos com melhores condições financeiras e maiores retornos sobre a frota atual da empresa – ganhos potenciais que, em nossa opinião, ainda não estão refletidos no preço das ações da OceanPact”, comenta BBA, em relatório.
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Apesar do recente aumento das tarifas diárias, analistas estimam que “estas ainda são demasiadas baixas para gerar os retornos mínimos necessários para a construção de novos navios de apoio em larga escala.”
De acordo com avaliação do BBA, para que um novo RSV (embarcações equipadas com veículos de operação remota) atinja uma taxa mínima de retorno de 16%, seria necessária uma tarifa diária superior a US$ 75 mil (em comparação com as atuais diárias de mercado de US$ 60 mil por dia).
Adicionalmente, a OceanPact assinou um contrato de cessão parcial dos seus direitos creditórios litigiosos, objeto de ações judiciais em que se busca a cobrança de taxas diárias relativas a contratos celebrados com a Petrobras.
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No âmbito deste acordo, a OceanPact recebeu um pagamento inicial, reservando-se também o direito a uma participação significativamente majoritária no montante efetivamente recuperado dos direitos creditórios cedidos que venha a exceder o valor recebido à vista ajustado nos termos acordados entre as partes da cessão. De acordo com estimativas, este potencial ganho poderia desencadear um pagamento antes de impostos para a OceanPact de R$ 370 a 550 milhões em 2025, o que é um upside (potencial de valorização) para estimativas do Itaú BBA.
OceanPact se especializou em responder a incidentes ambientais
Fundada em 2007 como uma prestadora de serviços de consultoria para a indústria de petróleo e gás, a empresa, inicialmente, apenas desenvolvia planos de emergência para derramamentos de óleo no oceano, ajudando produtores de petróleo, portos e terminais a cumprir a legislação brasileira. No entanto, em poucos anos, respondendo à demanda de clientes, a companhia começou a auxiliar na implementação dos planos que estava criando.
A OceanPact passou a participar de respostas a grandes incidentes ambientais, tanto no Brasil (do vazamento de óleo na Bacia de Campos em 2011 ao rompimento da barragem em Brumadinho em 2019) quanto no exterior (como o vazamento de óleo da Deepwater Horizon no Golfo do México em 2010).
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