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SÃO PAULO – Das 40 projeções de economistas consultados pela Bloomberg, 39 acreditam que o Copom (Comitê de Política Monetária) vai cortar a Selic para uma nova mínima histórica, a 6,75% ao ano em decisão da noite desta quarta-feira (7).
A exceção é o Barclays, que prevê a manutenção da taxa básica de juro em 7% ao ano. Em avaliação enviada à Bloomberg e confirmada por e-mail ao InfoMoney, o chefe de pesquisa econômica do banco, Marco Oviedo, destacou o por que dessa estimativa tão destoante.
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São três os fatores: i) a alta volatilidade dos mercados e um cenário externo de política monetária mais desafiador, com o Federal Reserve mais agressivo e o BCE(Banco Central Europeu) iniciando normalização, podendo aumentar os juros mais rapidamente; ii) a demora na aprovação da reforma da previdência, que pode até mesmo não ser aprovada, o que gera risco à sustentabilidade fiscal e iii) perspectiva de aceleração da inflação.
Já sobre quando o Banco Central deve começar a subir os juros, o head do Barclays destacou que isso dependerá do cenário político. “Assumindo um novo governo, com forte apoio político e dando clareza sobre a política fiscal em 2019, o Banco Central poderá ‘esperar e ver’ como as questões se desenrolam no Congresso e elevar o juro até o primeiro trimestre de 2019, à medida em que a economia se recupera”, apontou.
Por outro lado, a maioria da corrente que espera queda do juro para 6,75% este mês se ampara na comunicação do BC e também no quadro inflacionário favorável. Apesar da perspectiva de avanço do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), as expectativas indicam que o dado deve fechar 2018 abaixo do centro da meta de 4,5%. Além disso, consideram que a ociosidade da atividade ainda é elevada, o que não comprometeria a inflação.
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O economista Pedro Ramos, do Banco Sicredi, vê sinais claros de que o Copom deve cortar a Selic para 6,75%. “O BC teve várias oportunidades desde a última reunião, mas não houve qualquer indício de que deve fazer outra redução a não ser de 0,25 ponto”, diz.
(Com Bloomberg e Agência Estado)
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