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Fintechs estão abraçando o mercado de criptomoedas e vêm ampliando seu portfólio de produtos para além de serviços de negociação de ativos digitais – empresas do setor já estão lançando suas próprias moedas digitais.
A Nucoin, do Nubank, anunciada na manhã desta quarta-feira (19), é a mais nova integrante de uma categoria do setor cripto composta por “criptomoedas de fintechs”, da qual fazem parte também empresas como Mercado Pago (braço financeiro do Mercado Livre), PicPay e CloudWalk.
No entanto, apesar de pertencerem ao universo dos criptoativos , esses ativos guardam diferenças importantes em relação a criptos como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH, já amplamente conhecidas do público investidor.
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Conheça, a seguir, as principais características desse novo tipo de moeda digital e saiba as diferenças para criptomoedas conhecidas.
Criptos de fintechs: para que servem?
As criptos de fintechs são mais próximas do que se chama de token de utilidade, tipo de ativo digital que tem como principal papel disponibilizar para os usuários acesso a serviços e produtos dentro de plataformas corporativas – assim como fazem os fan tokens para times de futebol.
No caso do Nucoin, por exemplo, o objetivo da moeda é oferecer aos clientes benefícios, como descontos e vantagens, à medida que eles acumulam mais ativos. Em comunicado à imprensa, o Nubank disse que os tokens servirão de base para a criação de um programa de recompensas.
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“A Nucoin é uma nova forma de reconhecer a fidelidade do cliente e incentivar o engajamento com os produtos Nubank”, disse Fernando Czapski, gerente geral da Nucoin no Nubank.
O mesmo vale para a Mercado Coin, criptomoeda que o Mercado Livre lançou em agosto deste ano em parceria com a corretora argentina Ripio. Os usuários podem usar a moeda para comprar produtos dentro da plataforma de e-commerce e recebem unidades via cashback em determinados itens elegíveis, marcados como um logo especial no site.
No caso da criptomoeda da PicPay, que foi anunciada em julho e tem previsão de lançamento para ainda este ano, a ideia é que ela seja uma stablecoin, um tipo de criptoativo que tem paridade com outro, em geral uma moeda nacional – nesse caso, com o real.
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Segundo a empresa, o objetivo da stablecoin própria será permitir que o PicPay seja usado como forma de pagamento em qualquer lugar do mundo, desde que o estabelecimento aceite repasses via carteiras digitais.
O modelo é similar ao que já é colocado em prática pela CloudWalk, dona da maquininha InfinitePay. A empresa fornece linhas de crédito para lojistas usando a BRLC, moeda com preço fixado ao real. Em julho, a empresa afirmou já ter concedido R$ 25 milhões em empréstimos utilizando a tecnologia blockchain para automatizar processos.
Como comprar
O Nubank não deu detalhes sobre o processo de aquisição da Nucoin, mas já garantiu que o ativo será distribuído de graça para clientes no Brasil, no México e na Colômbia. Ainda não se sabe, porém, qual será a mecânica de distribuição e se será possível movimentar as moedas livremente -a empresa firmou parceria com a Polygon, que desenvolve uma blockchain aberta (acessível a todos) aliada do Ethereum.
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Se o Nubank seguir o mesmo modelo adotado em sua plataforma de compra e venda de criptomoedas lançada em julho deste ano, não será possível fazer a transferência da Nucoin para uma plataforma externa, como uma carteira de criptomoedas ou mesmo para uma exchange de criptomoedas.
Leia mais: Polygon (MATIC): conheça a rede de criptomoedas usada para a criação da Nucoin
A moeda digital o Mercado Livre funciona de forma semelhante. Se o usuário não ganhar unidades via cashback, ele precisa comprar ou vender o ativo no aplicativo do Mercado Pago. Assim como no caso do Nubank, não é possível transferir a Mercado Coin para outras wallets, mas já existe a perspectiva de que o serviço seja liberado em breve.
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Já o BRLC da CloudWalk é usado apenas internamente, dentro do sistema de crédito da fintech.
Todos esses conceitos são muito diferentes daquele adotado por criptomoedas como o Bitcoin, que pode, assim como diversas altcoins, ser movimentado livremente e ser adquirido em diferentes plataformas, como exchanges e produtos regulados como fundos de investimentos e ETFs.
Criptos de fintechs podem valorizar?
Assim como as criptomoedas tradicionais, as moedas digitais de bancos e plataformas digitais também podem valorizar. No geral, o preço sobe e desce conforme a lei de oferta e procura, que tende a acompanhar a quantidade de casos de uso disponíveis.
A moeda do Mercado Livre, por exemplo, disparou 40% desde que foi lançada em agosto até esta quarta-feira (19), pulando de R$ 0,50 para R$ 0,70.
O Nubank ainda não divulgou qual será o preço inicial de sua nova criptomoeda nem como funcionará a precificação. Já uma stablecoin, modelo adotado pela CloudWalk e pela futura cripto do PicPay, tem preço sempre de R$ 1, sem flutuações relevantes.
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