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SÃO PAULO – Na madrugada desta sexta-feira (13), a Nintendo finalmente apresentou os detalhes sobre o seu novo console, o Switch. Com uma proposta diferenciada – algo que a empresa já tentou fazer em seus últimos aparelhos -, onde as pessoas poderão jogar tanto pela TV quanto por uma tela portátil que virá junto, misturando dois conceitos e tentando abordar uma gama maior de jogadores.
Se os fãs se empolgaram com as novidades, os investidores não ficaram nada felizes. Na sessão de hoje no Japão, as ações da Nintendo afundaram 5,75%, fechando em 23.750 ienes, o que representa uma queda de cerca de US$ 1,824 bilhão de valor de mercado para a companhia. O maior problema ficou na questão preço: o Nintendo Switch terá valor inicial de US$ 299,99, o que foi considerado muito caro dado o que se sabe até agora sobre o console. A expectativa era que o preço ficasse em US$ 250.
Nas duas últimas gerações, a empresa japonesa se distanciou ainda mais das duas principais concorrentes do mercado – Microsoft e Sony -, tentando levar seus títulos exclusivos e consagrados. No Nintendo Wii, a ideia deu certo, mas não atraiu os jogadores do Xbox e do Playstation, se tornando um videogame mais para a família. Já com o Wii U, a Nintendo acabou sendo derrotada, com um console que não tinha jogos interessantes, com diversos problemas como falta de uma rede própria online, gráficos mais fracos e sem nenhum dos grandes títulos que os concorrentes tinham.
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Para o Switch, cresce a expectativa de que alguns grandes jogos sejam lançados para a plataforma, tornando o console um possível novo concorrente na briga “Microsoft x Sony”, mas a questão é que nada foi anunciado até agora. Além disso, a lista de jogos ainda é pequena, o que aumenta o temor do mercado de que a Nintendo pode cometer o mesmo erro que teve com o Wii U. Para completar, ainda não existe uma garantia de que o diferencial de um videogame que possa ser jogado em casa ou na rua realmente será algo bem feito.
Sobre os jogos, a Nintendo disse que mais de 50 fabricantes de software de jogos estão desenvolvendo cerca de 80 títulos para o Switch. Desses, oito estarão disponíveis no momento do lançamento no Japão, incluindo o tão aguardado “The Legend of Zelda: Breath of the Wild”. Por outro lado, alguns analistas da indústria estão cautelosos sobre potenciais dificuldades para os desenvolvedores.
“É um console com uma configuração complicada e isso significa que os criadores de jogos precisam criar títulos para se adequarem a isso, o que é um problema”, disse Kenji Ono, um jornalista de jogos independente, para a Reuters.
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Entre os detalhes divulgados nesta madrugada estão o fato de que não haverá bloqueio de jogo por região (ou seja, você pode comprar o jogo em qualquer lugar do mundo), os controles terão câmera, recurso NFC e outras novidades para ampliar a interatividade dos jogos, a duração da bateria (entre 2,5 e 6 horas), além das dimensões do aparelho. A data de lançamento ficou para 3 de março em mercados selecionados.
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