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TÓQUIO – A Nippon Steel & Sumitomo Metal, segunda maior produtora de aço do mundo, espera que o excesso de oferta de siderúrgicas chinesas limite a alta de preços na Ásia este ano, apesar de uma recente retomada causada por um salto nas encomendas domésticas e exportações da China.
Depois de terem superado a crise financeira global e fraqueza da economia japonesa que levaram a Nippon Steel a se fundir com a rival Sumitomo, produtores japoneses de aço lidam agora com uma enxurrada de produtos chineses no mercado internacional.
O cenário pessimista da Nippon Steel quanto aos preços de aço acontece depois que a rival sul-coreana Posco previu no mês passado preços mais fracos para a liga e pode significar que as exportações japonesas, que recentemente se tornaram lucrativas por causa do iene mais fraco, poderão ser impactadas.
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“Ainda não estamos otimistas sobre o cenário para o mercado siderúrgico na Ásia”, afirmou o vice-presidente executivo da Nippon Steel, Katsuhiko Ota, à Reuters, nesta semana.
“Se os preços se recuperarem um pouco, as siderúrgicas chinesas vão aumentar a produção e o mercado vai recuar de novo. Esse ciclo tem se repetido ao longo dos últimos anos e acontecerá novamente”.
Os futuros dos vergalhões de aço em Shangai, referência dos preços na China, atingiram uma máxima em quatro meses na semana passada devido ao aumento de encomendas, mas Ota permanece cauteloso.
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“Para reduzir a diferença entre oferta e demanda, precisamos ver uma grande redução de produção ou uma acentuada alta na demanda. Mas nenhuma das duas coisas está ocorrendo”.
A produção média diária de aço bruto da China ficou em 2,14 milhões de toneladas nos primeiros dez dias de agosto, alta de quase 3 por cento em relação aos dez dias anteriores, segundo a Associação de Ferro e Aço da China.
O mercado global de aço possui um excesso de capacidade de cerca de 334 milhões de toneladas, das quais 220 mil são alocadas na China, de acordo com o banco de investimentos Morgan Stanley.
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O excesso está pressionando os preços de aços, e a previsão é de que a demanda global pela liga cresça apenas cerca de 2,9 por cento neste ano e 3,2 por cento em 2014, de acordo com estimativas da Associação Mundial do Aço.
A China considera promover uma série de reformas estruturais mais profundas para remediar setores ineficientes e endividados como o de siderurgia.
A esse respeito, porém, Ota afirmou: “já ouvimos coisas similares muitas vezes antes”.
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