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Depois de anunciar a venda da Aesop para L’Oreal por US$ 2,525 bilhões, a Natura (NTCO3) realizou nesta terça (4) teleconferência para explicar a operação e o foco da companhia a partir de agora. Está fora dos planos desfazer da The Body Shop (TBS), pelo menos por ora.
Segundo Guilherme Castellan, CFO da companhia, o foco na TBS é rejuvenescer a marca e pensar em melhorar posicionamento dentro da Austrália, Canadá e Reino Unido, que são os principais mercados da marca.
“É uma dinâmica específica. Nada pensando em termos de venda de pontos ativos ou marcas. Nada na mesa quanto a isso”, afirmou o executivo, descartando qualquer negócio com a Body Shop. Castellan ressaltou que o momento é de disciplina financeira sobre alocação de capital.
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Desalavancagem
“A receita com a venda (da Aesop) permitirá melhorar a estrutura de capital da Natura e a desalavancagem de nosso balanço, e destravar o valor para nossos acionistas. As receitas permitirão investir em prioridades, que Inclui a ampliação e integração das marcas Natura e Avon na América Latina, assim como a otimização e melhoria dos negócios da Body Shop”, comentou na teleconferência Fabio Barbosa, CEO da Natura.
“Nosso foco será na redução da dívida bruta após a finalização da transação (com a L’Oreal). A principal prioridade será no custo e no fluxo de caixa livre, que foi deficitário ano passado. Nosso foco é diminuir essa questão, tendo em mente olhando para maturidade do negócio, custo de dívida”, acrescentou Guilherme Castellan.
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O CFO reforçou que a integração Natural-Avon já está acontecendo. “Também estamos trabalhando com a Avon internacional, com os principais mercados onde há crescimento de fato”, disse.
Dividendos
Ao falar sobre dividendos, a empresa informou que ainda não há nada definido e vai depender da alocação de capital, investimentos e reestruturação de dívidas. “A transação da L’Oreal ainda será fechada no terceiro trimestre de 2023 [3T23]”, ressaltou Castellan.
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O executivo esclareceu que as três marcas (Natura, Avon e The Body Shop) passam por momentos diferentes no curto e médio prazos. “Temos um grande foco no curto prazo, e esse foco vai ser na integração na América latina das marcas. Continuaremos a otimização da presença da Avon internacional, focando nos mercados emergentes”, esclareceu.
De acordo com a empresa, há 10 países para consolidação dos negócios e não há no médio prazo previsão de expansão para novos países.
Segue reformulação da The Body Shop
Ele disse também que a companhia continuará a investir no turn around da TBS, o que vai incluir a otimização em algumas geografias e ativos fixos.
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Guilherme Castellan ressaltou que “estamos direcionando o negócio para se adaptar ao ambiente desafiador”. Na The Body Shop, segundo ele, “a equipe da administração está centrada em estabilizar a linha de frente do negócio principal e implementar economia de custo”.
Sobre ainda a Avon, a empresa esclareceu que pretende centrar no segmento de cosméticos onde as margens são melhores e a marca é forte.
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