Natura (NTCO3) avalia venda da rede The Body Shop, em transação esperada pelo mercado; ações sobem 2,2%

O estudo faz parte de avaliação de "alternativas estratégicas" para a rede, afirmou a empresa de cosméticos

Equipe InfoMoney

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A Natura&Co (NTCO3) anunciou nesta segunda-feira¨(28) que avalia uma potencial venda da rede de lojas The Body Shop (TBS), segundo fato relevante ao mercado. Com isso, as ações NTCO3 fecharam em alta de 2,23%, a R$ 15,62, após saltarem até 6,41%, a R$ 16,25, na máxima do intraday.

O estudo faz parte de avaliação de “alternativas estratégicas” para a rede, afirmou a Natura, que em abril acertou a venda da marca Aesop para a L’Oreal por US$ 2,5 bilhões.

A Natura concluiu a compra da The Body Shop em 2017, da L’Oreal, em um negócio estimado em 1 bilhão de euros.

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A The Body Shop, criada na Inglaterra em 1976, tem cerca de 2,8 mil lojas em mais de 70 países vendendo produtos para cabelo, rosto, corpo e maquiagem, segundo dados da Natura.

No segundo trimestre, a The Body Shop teve queda de 12,5% no faturamento em câmbio constante ante o mesmo período de 2022, a R$ 800,3 milhões.

O Itaú BBA apontou que a notícia é positiva, embora um tanto esperada. “Dado o foco atual da Natura&Co em simplificar a sua estrutura e melhorar o seu quadro de capital, pensamos que uma potencial venda de The Body Shop seria positiva, pois poderia reduzir o risco de execução
percebido na história geral de investimentos da empresa e melhorar os resultados consolidados
nos próximos anos”, avaliam os analistas.

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Em análises anteriores recentes, algumas casas destacaram uma visão positiva para a empresa de cosméticos, que passa por uma reorganização, e avaliaram que, dado o atual foco da Natura & Co em otimizar sua estrutura de custos e de capital, a venda da The Body Shop deveria entrar no radar da empresa.

“Uma simplificação de seus negócios, redução de complexidades e foco no negócio principal da Natura&Co (venda direta) podem ser bem recebidos pelo mercado”, avaliou o Bradesco BBI em análise no fim de julho.

Em análise após o anúncio, o BBI destacou que a notícia é positiva, pois reitera a visão da administração de otimizar o valor para os acionistas e desinvestir em negócios de baixo desempenho. A venda da TBS poderia desbloquear valor para a Natura&Co e adicionar R$ 2,00 ao preço-alvo, do cenário base de R$ 24,00. A recomendação do banco para NTCO3 é outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra).

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“Em nossa opinião, a redução das complexidades na Natura&Co deve direcionar a atenção da administração para acelerar a recuperação da marca Avon na América Latina e levar a margens consolidadas mais altas”, aponta.

No dia 16 de agosto, a empresa realizou teleconferência fornecendo detalhes sobre a integração da Onda 2 e a gestão da Natura&Co sinalizou para custos de implementação relativamente altos (rescisão de contratos/pacotes de rescisão), que estava entre as principais conclusões negativas da teleconferência, na visão do banco. Na visão da casa, a venda da TBS poderia compensar o sentimento negativo sobre a ação, pois acredita que o valor justo mínimo da TBS mais do que compensa os custos de integração até 2026.

O JPMorgan também, em julho, apontou que a venda da TBS seria um catalisador para maiores ganhos na Bolsa.

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Para o banco, a TBS não se encaixa muito bem ao negócio principal da empresa ​​devido à sua presença geográfica e modelo operacional.

A TBS opera principalmente por meio de lojas próprias e franqueadas, além de uma plataforma de comércio eletrônico, enquanto a penetração de vendas diretas é baixa – mesmo após o boom durante a pandemia.

“Assim, em nossa opinião, há sinergias limitadas, principalmente porque o foco principal da Natura ​​está na América Latina, onde o núcleo é baseado em um modelo de vendas diretas em constante evolução. Desta forma, acreditamos que o TBS poderia ser considerado um ativo não essencial pela empresa, tornando-se um potencial candidato ao desinvestimento dentro de seus ativos e levando em conta o mote da simplificação societária”, afirmou na ocasião.

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(com Reuters)

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