Não foram só os frigoríficos: Operação “Carne Fraca” faz ação de gestora afundar 10%

A gestora, que detém 11,94% das ações da BRF, viu suas ações desabarem 10% na Bolsa, cotadas a R$ 4,50 - menor nível desde maio de 2010

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O grande destaque desta sexta-feira (17) ficou para as ações dos frigoríficos da Bolsa, principalmente a JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3), que afundaram entre 7% e 10,5%, após a Polícia Federal deflagrar nesta manhã a operação “Carne Fraca”, cumprindo mais de 300 mandados judiciais em 7 estados.

Embora não citadas, as ações da Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) também caíram forte, mas foi uma grande gestora, a Tarpon (TRPN3), que acabou sofrendo mais. A gestora, que detém 11,94% das ações da BRF – segundo informações do site da BM&FBovespa de 8 de fevereiro -, viu suas ações desabarem 10% na Bolsa, cotadas a R$ 4,50 – menor nível desde maio de 2010. Até agosto do ano passado, 60% do portfólio da Tarpon era composto pelas ações da companhia. 

A ação investiga envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de grandes frigoríficos do País, como a BRF, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém a Friboi, Seara, Swift, mas também frigoríficos menores, como Mastercarnes e Peccin, do Paraná.

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Em comunicado enviado ao mercado, a BRF afirmou que cumpre normas e regulamentos sobre produção e venda de seus produtos e garantiu em comunicado à imprensa que “não há nenhum risco” para seus consumidores, seja no Brasil, ou nos 150 países em que atua. Já a JBS confirmou que a operação incluiu três unidades produtivas da companhia, mas afirmou que adota no Brasil e no mundo rigorosos padrões de qualidade.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.