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A multa que a celebridade de reality show Kim Kardashian teve que pagar por promover a criptomoeda EthereumMax (EMAX) foi um “presente” para a Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários do EUA), disse Lisa Braganca, ex-chefe de filial do regulador.
“A SEC está sempre procurando uma maneira de levar a mensagem ao público, e quando alguém como Kim Kardashian, que tem vários seguidores, faz um erro… é prato cheio para o regulador”, falou Lisa no programa “First Mover” da CoinDesk TV nesta terça-feira (4).
No início desta semana, a estrela do reality “Keeping Up With the Kardashians” foi condenada a pagar uma multa de US$ 1,26 milhão para a agência reguladora dos EUA por promover o token EMAX para seus milhões de seguidores nas redes sociais, sem revelar que recebeu um pagamento de US$ 250 mil para fazer tal publicidade.
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No acordo, a influencer não admitiu que cometeu irregularidades, mas concordou em cooperar com a investigação em andamento e não promover criptoativos por três anos.
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“O presidente [Gary Gensler] está absolutamente certo em dizer que há um estatuto específico que trata e exige que haja divulgação, não apenas de uma promoção paga, mas do valor que alguém recebeu ou espera receber”, disse Lisa, que agora dirige seu próprio escritório de advocacia, o Braganca Law.
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Embora “possa parecer estranho” que a SEC esteja atrás de Kim, pode ser um lembrete de que mesmo as celebridades não estão imunes à autoridade do governo, de acordo com Lisa.
Não é a primeira vez que a SEC vai atrás de celebridades que promovem criptomoedas novas como investimentos, observou ela. Em 2018, o boxeador Floyd Mayweather Jr. enfrentou litígios semelhantes depois de fazer publicidade para o EMAX.
Agora, no entanto, a SEC pode estar mostrando “maiores níveis de irritação” e está em busca de “penalidades maiores”, disse Lisa.
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Quanto ao motivo pelo qual o regulador não está em busca do emissor do token, Lisa disse que a agência “não precisa ir atrás de todos” e pode estar apenas procurando “os frutos mais fáceis”.
Na prática, portanto, o que a SEC está dizendo é que ao ir “atrás dos influenciadores, eventualmente chegará nos emissores”, falou ela.
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