Movida (MOVI3): após resultado, analistas veem recuperação mais rápida do que o esperado para companhia

Expectativas são positivas pela apresentação de melhoras operacionais pela companhia; segmento de seminovos foi destaque negativo

Camille Bocanegra

(divulgação)
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A Movida (MOVI3) anunciou seus resultados, com prejuízo decorrente de aumento de despesas financeiras ainda pela taxa de juros. Mesmo assim, analistas consideram que os números vieram em linha com as previsões do mercado e podem indicar uma recuperação mais rápida que o esperado, “colocando a empresa em modo de crescimento”, de acordo com o Bradesco BBI.

A visão é compartilhada pelo Itaú BBA, que considera que os números apresentados compõem a estratégia da empresa para melhorar suas operações. “O número de veículos vendidos acima do esperado explicou o desempenho superior da receita, enquanto o EBITDA e o resultado final ficaram amplamente em linha com o consenso”, afirma o BBA.

GTF como destaque positivo

Entre os destaques, o banco entende que o aumento dos rendimentos trimestre a trimestre, seja na divisão de aluguel de carros, seja na gestão de frotas, é combinado com redução de preço de veículos adquiridos. Assim, a companhia pôde ajustar sua frota em uma “mistura mais eficiente”. Em linhas gerais, a leitura do BBA foi positiva para os números apresentados.

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No segmento de GTF (gestão e terceirização de frotas), a receita teve aumento de 29% na comparação anual, chegando a R$ 581 milhões. “O crescimento trimestre a trimestre foi impulsionado por um aumento de 4% na receita por carro, refletindo melhores preços em novos contratos. Preços sólidos e a alavancagem operacional do segmento impulsionaram a expansão da margem”, considera o banco.

No Rent-a-Car (RAC), os números apresentaram queda no geral, com estabilidade das tarifas diárias na comparação trimestral e queda de 3% em relação ao ano anterior. A taxa de ocupação foi destaque positivo, com aumento de 11 p.p. na comparação anual, para 72,2%.

“Atribuímos a deterioração da lucratividade a despesas de manutenção, já que os custos em dinheiro aumentaram 42% trimestre a trimestre, mais do que compensando a melhoria de 7% nas despesas de SG&A trimestre a trimestre”, entende o banco.

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O BBI considera que a melhoria dos KPIs demonstra boa trajetória de aluguel de carros em 2024 para a companhia. “A empresa parece estar no caminho certo para retomar o crescimento no aluguel de carros em 2024, com uma melhoria sequencial nos indicadores-chave de desempenho (KPIs)”, afirma.

Já na frente de Seminovos, a comparação trimestral mostrou alta de 9% enquanto há estabilidade na comparação anual dentre os veículos vendidos. Ainda assim, o segmento foi considerado o ponto negativo do balanço.

“O destaque negativo continua sendo o segmento de seminovos, com os preços dos veículos novos ainda em ascensão, enquanto a FIPE continua sua trajetória de queda. A depreciação crescente no GTF e a queda na margem bruta de seminovos, impactada por condições de mercado desafiadoras e vendas de um mix pior de carros”, considera a Genial.

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A recomendação do BBA para o nome é de outperform (performance acima do esperado, similar a compra), com meta de preço para 2024 fixada em R$ 18,50. O BBI considera o nome também como outperform, com preço-alvo em R$ 15,00. Para a Genial, a classificação para o nome é de compra, com preço-alvo de R$ 21,00.

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