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(Bloomberg) — Morgan Stanley e Citigroup estão mantendo sua visão otimista para as ações brasileiras, apostando que os lucros corporativos continuarão a crescer, apesar do ritmo lento da recuperação econômica no país.
O Morgan Stanley elevou sua projeção de 12 meses para o Ibovespa de 100.000 para 105.000 nesta semana. O estrategista Guilherme Paiva vê um cenário favorável para as ações da região em meio à pausa no aperto monetário do Federal Reserve, preços elevados das commodities e expansão dos lucros.
O Citigroup está ainda mais otimista, vendo o índice em 104.000 já no final do ano – um ganho de 14% em relação aos níveis atuais. Estrategista Julio Zamora está dizendo aos investidores para que se concentrem na expansão dos lucros, mesmo em meio à atividade fraca. Goldman Sachs e Barclays foram algumas das casas que cortaram suas previsões para a economia brasileira nesta semana, depois que os dados do BC sinalizaram uma contração no primeiro trimestre do ano.
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“Esperamos que os lucros permaneçam bastante resilientes às revisões descendentes do PIB”, escreveu Zamora em nota de 14 de maio. “A contínua diversificação, a alavancagem operacional e os juros baixos atuam como contrapeso ao crescimento mais lento.”
As ações brasileiras estão sendo negociadas a 11,1 vezes os lucros estimados, abaixo de sua média de cinco anos de 12,8 vezes. Mas, enquanto o Brasil parece estar negociando em linha com múltiplos mais recentes, o Citi diz que “a inflação e as taxas de juros historicamente baixas sustentam um múltiplo mais elevado”.
O otimismo vem em um momento em que o índice se aproxima da maior queda mensal desde agosto, apagando os ganhos deste ano em dólares, já que o ruído no cenário político doméstico acrescentou às preocupações com os ativos dos mercados emergentes em meio à escalada da guerra comercial global. No mês passado, a SPX Capital zerou sua exposição direcional comprada em bolsa.
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Os estrategistas citam a perspectiva de reformas como outro ponto positivo para os ativos brasileiros. Zamora disse que a volatilidade de curto prazo provavelmente permanecerá alta em meio às negociações entre o governo do presidente Jair Bolsonaro e congressistas sobre a proposta da reforma da Previdência.
A proposta para mudanças nas regras passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em meados de abril, depois de um debate mais longo do que o esperado, mas ainda precisa do aval da comissão especial da para ser encaminhada à primeira de várias votações em plenário.
©2019 Bloomberg L.P.
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