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SÃO PAULO – A Moody’s colocou o rating italiano em revisão para possível corte, apontando riscos em condições de financiamento de países da União Europeia com altos níveis de dívida em meio a crise fiscal que assola o continente.
A agência de classificação de risco tem nota Aa2 para a Itália, em moeda local e estrangeira, e reafirmou o rating de curto prazo do país em Prime-1, de acordo com comunicado divulgado nesta sexta-feira (17).
Crescimento e consolidação fiscal
Segundo a Moody’s, a Itália enfrenta desafios de crescimento devido a fraquezas estruturais macroeconômicas, como a rigidez do mercado de trabalho e a baixa produtividade. Esses fatores, de acordo com a agência, têm impedido o crescimento italiano na última década e é uma barreira para a sua recuperação após a crise financeira.
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A consolidação fiscal do país também levanta dúvidas. “Em meio a um ambiente de alta de taxa de juro e fraco crescimento, o governo pode ter dificuldades em gerar superávits primários necessários para colocar a relação dívida/ PIB em uma tendência de queda consistente”, escreveu a Moody’s. O baixo apoio ao governo pode dificultar ainda mais a implementação de medidas de consolidação.
O peso da Zona do Euro
“A Moody’s avaliará o peso desses riscos crescentes considerando o alto rating do país, mas também em relação a tendências de fortalecimento do crédito vistas recentemente e esperadas para os próximos anos, como melhor governança fiscal, menores déficits orçamentários e uma modesta recuperação econômica”, afirmou a agência.
“Quaisquer acontecimentos na Zona do Euro, especialmente em relação a resolução da crise de dívida da região e seu impacto nos custos de financiamento, podem ser determinantes para a conclusão da revisão [da nota italiana]”, completou a Moody’s.
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