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(Bloomberg) – Os contratos futuros do minério de ferro estão prestes a concluir um quarto mês de quedas. A menor produção de aço e a aversão a risco nos mercados de commodities em geral abalou as cotações dessa matéria-prima da indústria siderúrgica.
A promessa da China, maior fabricante mundial de aço, de restringir o volume produzido este ano afetou profundamente a demanda de minério neste segundo semestre.
Segundo projeções de bancos, limites à produção – incluindo o mais recente aplicado na cidade de Tangshan em uma tentativa de reduzir as emissões poluentes – levarão a tonelada de minério de ferro a US$ 100. Uma demorada crise de energia, que provoca alta volatilidade nos preços do carvão, também impactou o sentimento nos mercados de metais e minério de ferro.
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“Os fundamentos do mercado de minério de ferro ainda estão fracos”, afirmaram analistas da Everbright Futures em relatório. “Recentes colapsos no preço do carvão arrastam todo o conjunto de produtos ferrosos e as usinas em Tangshan sofreram cortes de produção de 30% em média, em meio as novas restrições.”
A produção de aço em outubro deve recuar ainda mais após o volume de setembro atingir o menor nível desde 2017, segundo pesquisa da Associação de Ferro e Aço da China.
A desvalorização do minério de ferro prejudica as grandes mineradoras. A Vale divulgou ganhos abaixo do esperado devido a quedas nos preços do minério e aumento nos custos de energia e transporte. Na Austrália, as ações da BHP Group e da Rio Tinto Group sofreram um terceiro mês de depreciação.
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A indústria de transformação da China provavelmente voltou a encolher em outubro, em meio à escassez de eletricidade e aos preços elevados das commodities. O Escritório Nacional de Estatísticas divulga os dados às 9 horas da manhã de domingo em Pequim. A demanda por alguns produtos siderúrgicos, como bobinas laminadas a quente, vem principalmente da indústria de transformação.
Metais básicos
O índice de seis contratos da Bolsa de Metais de Londres segue rumo a uma segunda queda semanal com a intensificação dos sinais de desaceleração na China, junto com repetidos surtos da Covid-19 e turbulências no setor imobiliário do país.
O alumínio, que é altamente intensivo em energia, puxou as perdas recentes após atingir a maior cotação em 13 anos no início do mês.
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Decisões de Pequim para combater a crise de eletricidade e derrubar os preços do carvão devem aliviar as pressões de custo para as fundições, mas o menor crescimento econômico e mais medidas de racionamento de energia podem atingir a demanda.
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