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SÃO PAULO – A freqüente incidência de chuva verificada neste mês permite que, em fevereiro, ao menos parte das usinas termelétricas seja desativada. A informação foi dada na última quarta-feira (30) pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. “Nunca trabalhamos com hipótese de apagão“, adicionou, referindo-se ao período de racionamento de energia ocorrido em 2001.
A chuva atingiu 292 milímetros na Bacia do Rio São Francisco, enquanto a média histórica do período é de 282 milímetros. Na Bacia do Rio Grande, a precipitação foi de 301 milímetros contra a média de 267. No Rio Paranaíba, o volume de chuvas subiu de 282 milímetros para 297 milímetros. Nas regiões das Bacias do Rio Tietê e Iguaçu, também houve precipitações acima da média.
Segurança
O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, informou que será definido um nível de meta para os reservatórios ao final de cada ano, o que pode demandar a permanência de algumas térmicas em funcionamento.
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“A idéia é ter nível suficiente para enfrentar uma eventual escassez no ano seguinte. Quanto mais segurança a gente quiser, temos a possibilidade de gerar térmica”, disse à Agência Brasil.
Os últimos dados do ONS indicam que os reservatórios das Regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste seguem em ritmo de recuperação de volume útil, com respectivamente, 49,32% e 29,28%.
Impacto no preço
As térmicas são ativadas quando as hidrelétricas não dão conta de produzir o total de energia demandada. Ocorre que a operação daquelas usinas é mais cara do que estas, cerca de três vezes o valor do megawatt, dependendo do leilão.
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Isso resulta em maior possibilidade de repasse do custo majorado aos consumidores finais, na data do reajuste anual determinado por cada concessionária. Em havendo desativação das usinas termelétricas e geração de eletricidade pelas hidrelétricas, as chances de um encarecimento mais acentuado da conta de luz diminuem.
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