Parte da mina da Braskem se rompe em Maceió; veja imagens e entenda o caso

No momento, técnicos da Defesa Civil estão monitorando o local em busca de mais informações; região já tinha sido evacuada

Mariana Amaro

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A Defesa Civil de Maceió informou que parte da mina da Braskem com risco de colapso sofreu um rompimento que pôde ser percebido num trecho da Lagoa Mundaú, bairro do Mutange. No momento, técnicos da Defesa Civil estão monitorando o local em busca de mais informações. A Defesa Civil ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas.

O rompimento foi percebido por volta das 13h15 .Vídeo compartilhado pela assessoria de imprensa da prefeitura de Maceió mostrou jatos de água lamacenta emergindo repentinamente num ponto próximo à margem da lagoa.

Não ficou claro o impacto desse rompimento no processo de afundamento da mina 18, que, segundo as autoridades, está sob risco de colapso. Contudo, “a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas”, informou a Defesa Civil.

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Um boletim da Defesa Civil divulgado na manhã deste domingo mostrou que a velocidade vertical de afundamento da mina era de 0,52 centímetros por hora até as 9h da manhã. Um dia antes, o ritmo era de 0,35 centímetros por hora. Com isso, o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 era de 2,35m e o movimento nas últimas 24 horas era de 12,5 centímetros. O órgão já estava em alerta devido ao risco de colapso da mina, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange.

“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, informou a nota.

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A Braskem recebeu solicitação do município de Maceió para iniciar discussões sobre um novo acordo de compensação por danos decorrentes do afundamento do solo da cidade, e disse na última sexta-feira estar avaliando a correspondência.

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Em julho deste ano, ficou acertado que a Braskem pagaria uma compensação de R$ 1,7 bilhão ao município. A prefeitura disse que o acordo permanece válido, mas agora busca um acerto para inclusão dos “novos danos”.

Em nota, a Braskem disse neste domingo que câmeras registraram “movimento atípico de água” na lagoa Mundaú no trecho sobre a mina 18, acrescentando que um sistema de monitoramento de solo captou a movimentação. “Toda a área, que vem sendo monitorada nos últimos dias, já estava isolada. As autoridades foram imediatamente comunicadas, e a Braskem segue colaborando com elas”, afirmou a empresa.

Entenda o caso

A mina que está sendo monitorada é uma das mais de 30 da Braskem  na região para a exploração do sal-gema, em jazidas no subsolo. O sal-gema é um tipo de sal usado na indústria química.

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O processo de mineração causou instabilidade no solo e levou a tremores de terra que abalaram a estrutura de imóveis. Com isso, ao menos três bairros da capital alagoana tiveram que ser completamente evacuados a partir de 2020. Nas últimas semanas, o risco iminente de colapso do solo mobilizou autoridades e colocou da Defesa Civil municipal em estado de alerta.

Saiba mais sobre o caso na reportagem em vídeo:

(Com agências)

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Mariana Amaro

Editora de Negócios do InfoMoney e apresentadora do podcast Do Zero ao Topo. Cobre negócios e inovação.