Mesmo sem novidades, ações da Wiest acumulam ganhos de 22% na semana

Depois de altas de 20% no final de abril, papéis preferenciais da metalúrgica sobem mais de 9% nessa sessão

Julia Ramos M. Leite

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SÃO PAULO – Os papéis da Wiest (WISA4) já acumulam alta de mais de 36% nos últimos sete dias – 22,45% de valorização somente nesta semana. Os ativos preferenciais da empresa do setor metalúrgico subiram 12,24% na última segunda-feira, e avançaram mais 9,09% nessa sessão, passando de R$ 0,98 no último pregão de abril para R$ 1,20, segundo o fechamento desta terça-feira (3). 

O mesmo movimento de valorização também se estende – ainda que de forma bem mais amena – aos ativos ON da companhia (WISA3), que saltaram de R$ 0,58 no último fechamento de abril para R$ 0,70 nesta terça, avançando 16,67% nessa sessão. Nos dois pregões da semana, os ativos já acumulam alta de 20,69%. 

Refletindo a pesada valorização, os papéis da empresa entraram em leilão 17 vezes somente nessa sessão.  

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Reabertura dos negócios
Os negócios com as ações da companhia foram retomados no dia 3 de março, depois que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) reverteu a suspensão do registro da companhia. A suspensão ocorreu em janeiro de 2010, por descumprimento das obrigações periódicas por um período superior a 12 meses.

Desde a reabertura dos negócios – ou seja, em cerca de dois meses -, os ativos WISA4 passaram de R$ 0,75 para R$ 1,20. 

Sem motivos
A oscilação dos ativos já chama atenção desde a última semana. No dia 27, a BM&F Bovespa questionou a empresa sobre o motivo para o aumento do número de negócios e volume das ações – nos dias 26 e 25, os papéis PN subiram 22,22% e 20%, nessa ordem. 

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A empresa afirmou desconhecer “por completo o motivo”, e disse que não “há fato relevante algum que justifique a oscilação na valorização de nossas ações em negociação na bolsa de valores de São Paulo, tratando-se de evento meramente especulativo”.

Em contato com a InfoMoney, a Wiest voltou a afirmar que não há novidades sobre a empresa, reforçando que a resposta da companhia segue a mesma concedida à bolsa no dia 27.

Reestruturação
Em seu último resultado disponível na CVM, do ano fechado de 2009, a Wiest afirma que tem sofrido contínuos prejuízos, “gerados principalmente em função de seu endividamento financeiro e fiscal, deficiência de capital de giro e baixo índice de liquidez”.

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Em 2009, contudo, a Wiest encontrou mais problemas, com a paralisação de sua linha de produção do segmento de reposição e insucesso na ampliação do portfólio de clientes em itens de maior valor agregado, que trouxeram novas dificuldades na captação de capital de giro.

A empresa vem implementando medidas para resolver seus problemas operacionais e financeiros – medidas essas mencionadas recentemente por alguns investidores para justificar a alta dos ativos. Entre as principais iniciativas da companhia, estão a suspensão de atividades no segmento de fabricação de tubos de aço, tubos, um programa de ganhos de produtividade, renegociação com credores e melhoria dos prazos.

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