Maconha deixa o mercado negro e acaba de entrar para o mercado de ações

Esta é a primeira vez que uma companhia totalmente integrada e diretamente envolvida com a produção, extração e venda de maconha será negociada na bolsa de valores

Rodrigo Tolotti

Pé de maconha
Pé de maconha

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SÃO PAULO – Na última terça-feira (12), a Terra Tech, companhia de agricultura focada na cultura de cannabis, anunciou a aquisição da empresa sediada na Califórnia Blum Oakland. Com isso, esta será a primeira vez que uma companhia totalmente integrada e que está diretamente envolvida com a produção, extração e venda de maconha será negociada publicamente na bolsa de valores. No pregão de ontem, após a notícias, os papéis dispararam 23%, cotados porém, em apenas US$ 0,11.

Atualmente, empresas relacionadas com a cannabis são principalmente cotadas em mercados de balcão, sendo poucas que são negociadas na Nasdaq, apesar não lidarem diretamente com o produto, mas sim no auxílio do mercado. Vale destacar que, embora a maconha seja ilegal pelo governo federal, a maconha medicinal foi legalizada em 23 estados americanos, enquanto a maconha “recreativa” foi legalizada em quatro estados e no Distrito de Columbia.

Segundo especialistas, a integração das duas empresas deve reduzir significativamente os custos. Normalmente lojas de varejo pagam até US$ 2.500 por libra de cannabis de cultivadores para vendê-la por cerca de US$ 5.000 por libra. Derek Peterson, diretor executivo da Terra Tech, estima que poderá reduzir os custos entre US$ 600 e US$ 800 por libra, enquanto o preço de varejo da empresa permanecerá nos níveis da indústria e pode chegar a ficar acima de US$ 7.000 por libra.

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Além disso, a Blum está entre as poucas empresas do estado da Califórnia que têm o direito de cultivar e também vender maconha. Uma lei assinada pelo governador Jerry Brown em 9 de outubro de 2015, uma única empresa não será capaz de realizar todas as atividades de comércio de cannabis, a menos que tenha começado a operar antes de 1 de julho de 2015. Blum foi aberta em novembro de 2012.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.