Lucro do Bradesco (BBDC4) vai a R$ 6,5 bilhões no 3º trimestre, alta de 19,6%

Já o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) foi de 20,2%, queda de 0,4 p.p. na comparação trimestral, mas alta de 1,2 p.p. na anual.

Equipe InfoMoney

Publicidade

O banco Bradesco ((BBDC3;BBDC4) teve lucro líquido recorrente de R$ 6,542 bilhões no terceiro trimestre, em linha com as expectativas e 19,6% superior na comparação anual. Em comparação ao segundo trimestre, o lucro líquido recorrente avançou 1,2%. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) foi de 20,2%, queda de 0,4 p.p. na comparação trimestral, mas alta de 1,2 p.p. na anual.

“As evoluções no lucro líquido dos períodos refletem o desempenho do resultado operacional, decorrente das maiores margens financeiras, menores despesas com PDD (expandida), crescimento das receitas de prestação de serviços e da contribuição de nossas operações de seguros, previdência e capitalização, fatores que suportam a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) de 20,5%”, explicou o banco.

O impulso para o resultado do Bradesco no período veio da maior agressividade do banco em crédito, principalmente junto às pessoas físicas. Contribuíram ainda menores gastos com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, e ainda o resultado de seguros conforme explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

Continua depois da publicidade

A carteira de crédito do Bradesco, no conceito expandida, atingiu R$ 578,317 bilhões ao fim de setembro, crescimento de 3,2% em relação a junho. Em um ano, a expansão chegou a 10,5%. No terceiro trimestre, os empréstimos foram impulsionados, principalmente, pelas pessoas físicas. Enquanto a carteira de indivíduos cresceu 5,5% ante os três meses anteriores, a de empresas avançou 1,8%. No comparativo anual, as altas foram de 19,0% e 5,8%, nesta ordem.

Ao fim de setembro, o Bradesco contava com R$ 1,404 trilhão em ativos totais, incremento de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 1,356 trilhão. Na comparação com os três meses anteriores, foi identificada leve queda de 0,5%.

O patrimônio líquido do banco era de R$ 138,313 bilhões no terceiro trimestre, alta de 19,6% em um ano. Em relação ao segundo, subiu 3,5%. Seu retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) ficou em 20,2% no terceiro trimestre, piora de 0,4 ponto porcentual ante os três meses anteriores. Em um ano, o indicador teve alta de 1,2 p.p.

Continua depois da publicidade

Leia também:
• Magazine Luiza (MGLU3) anuncia oferta de ações que pode captar até R$ 5,2 bilhões

Ajustes

O Bradesco anunciou ainda lucro líquido contábil de R$ 5,837 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 16,53% ante um ano, de R$ 5,009 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, de R$ 6,042 bilhões, a cifra foi 3,4% menor. A diferença entre o lucro líquido recorrente e o contábil se dá por R$ 372 milhões de ágio pela aquisição do HSBC e ainda R$ 273 milhões com o programa de desligamento voluntário (PDV) feito recentemente pelo banco, dentre outras razões.

Análise

Segundo análise da XP Investimentos, apesar do lucro em linha com o consenso, os fundamentos do resultado não agradam. Isso porque o lucro foi impulsionado principalmente por menores despesas com provisão e uma menor alíquota efetiva de impostos, duas linhas que estruturalmente não vão ajudar o banco no longo prazo, principalmente com o aumento da CSLL em 2020.

Continua depois da publicidade

“A margem financeira com clientes desapontou, com um crescimento tímido de 5% anualmente para R$ 12,5 bilhões, mesmo com os esforços do Bradesco em mudar o mix da carteira de crédito para pessoas físicas e pequenas empresas. Apesar de esperado, as receitas de serviços também apresentaram um fraco crescimento de 3,7% anualmente para R$ 8,4 bilhões.

Por fim, o segmento de seguros e capitalização reportou seu pior resultado do ano, com baixa de 3% no trimestre para R$3,5 bilhões. No acumulado de 12 meses, seguros cresceram 7% (versus crescimento de 12% no segundo trimestre e de 22% no primeiro trimestre)”, aponta a equipe de análise.

Os analistas ainda avaliam que, mesmo em um cenário de baixa inflação, o banco tem aumentado significativamente seus gastos. O gasto com pessoal aumentou 12,9% no ano, para R$ 5,7 bilhões, enquanto outras despesas administrativas cresceram 7,3% no ano para R$ 5,5 bilhões.

Continua depois da publicidade

Seja sócio das melhores empresas do País. Abra uma conta na Clear com taxa ZERO para corretagem de ações

(Com Agência Estado)

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.