Lojas Quero-Quero (LJQQ3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 7,6 milhões no 3º trimestre

Resultado foi prejudicado pela alta da taxa de juros e aumento da inflação

Felipe Moreira

Lojas Quero-Quero
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A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) reportou prejuízo líquido de R$ 7,6 milhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), revertendo lucro líquido de R$ 15,6 milhões do terceiro trimestre de 2021, informou a varejista nesta segunda-feira (31).

A companhia explica que o resultado foi influenciado pela alta da taxa de juros e aumento da inflação, que impactam o poder aquisitivo do consumidor e os custos da companhia. Além disso, o cenário competitivo resultou em uma estratégia mais  promocional para a empresa. Os investimentos adicionais realizados ao longo do ano passado que ainda estão em fase de maturação também distorcem a comparação entre os períodos.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 20,4 milhões no 3T22, um recuo de 59,2% em relação ao 3T21.

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A margem Ebitda ajustada atingiu 3,4% entre julho e setembro, baixa de 5,9 p.p. frente a margem registrada em 3T21.

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A receita líquida somou R$ 601,2 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma redução de 8,9% na comparação com igual etapa de 2021.

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As vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) caíram 7,6% entre julho e setembro deste ano, contra crescimento de 4,6% da mesma etapa do ano anterior.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 26,9 milhões no terceiro trimestre de 2022, uma elevação de 40,9% frente a mesma etapa de 2021.

“O desempenho reflete (i) o impacto do IFRS-16 em função do ritmo de expansão da companhia, (ii) maior taxa de desconto dada a recente inclinação das taxas de juros de longo prazo no Brasil que aumenta o ajuste a valor presente das contas do balanço e ao (iii) aumento do custo da dívida em linha com aumento da taxa de juros”.

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O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 189 milhões no terceiro trimestre de 2022, um recuo de 8,9% na comparação com igual etapa de 2021. A margem bruta foi de 31,4% no 3T22, baixa de 7,1 p.p. frente a margem do 3T21.

Investimentos e endividamento

No 3T22 os investimentos da companhia totalizaram R$ 19,9 milhões, incluindo aberturas de lojas, implementação de projetos, investimentos em logística e TI. Neste trimestre, foram abertas 16 novas lojas, comparado a 19 lojas no 3T21 e 16 lojas no 2T20.

Em 30 de setembro de 2022, a dívida líquida ajustada da companhia era de R$ 196,4 bilhões, um crescimento de 27,6% na comparação com a mesma etapa de 2021.

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O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,7 vez em setembro/22, alta de 0,9 vez em relação ao mesmo período de 2021.

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