LLX sobe após contrato com a Asco; B2W e Usiminas recuam mais de 3%

Ainda entre os destaques, MPX cai com possível venda do controle para alemã E.ON; Petros aumenta fatia na BRF

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em queda durante toda a sessão, o Ibovespa acentuou as perdas no início da tarde desta segunda-feira (18), registrando queda de 0,70% por volta das 13h10 (horário de Brasília), aos 57.499 pontos. O mercado começa a precificar uma nova alta na taxa Selic, depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que fará tudo o que for preciso para conter a inflação –  essa possibilidade de rentabilidade melhor na renda fixa pode prejudicar o andamento da bolsa.

Entre os destaques corporativos, as ações da LLX (LLXL3) sobem 1,99%, indo para R$ 2,05, após a empresa assinar contrato com a Asco Brasil Participações para prestação de serviços de logística, para empresas de exploração e produção de petróleo e seus fornecedores, conforme comunicado divulgado nesta manhã. 

De acordo com a companhia, com esta associação, o Superporto do Açu passará a “ofertar soluções logísticas completas e integradas de padrão internacional, com tecnologias avançadas, atendendo aos mais exigentes requisitos de eficiência, segurança e proteção ambiental da indústria de óleo e gás”.

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Usiminas cai antes de divulgar resultado
Já do outro lado, os papéis da Usiminas (USIM3; USIM5) figuravam entre as maiores quedas do Ibovespa. As ações da USIM3 caem 3,20%, a R$ 10,90, enquanto USIM5 recuam 2,96%, a R$ 9,84. Na mínima do dia, os papéis registraram perdas de 3,37% e 3,75%, respectivamente. 

A expectativa do mercado é que a empresa reporte um prejuízo de R$ 88,7 milhões no último trimestre de 2012, segundo média das projeções entre Santander, Ágora, Votorantim e Itaú Unibanco. No mesmo período do ano passado, a siderúrgica lucrou R$ 77,5 milhões.

Alexander Hacking e Thiago Ojea, do Citi, dizem que um resultado fraco já é esperado pelo mercado, sendo que o foco principal dos investidores estará nas perspectivas da empresa para este ano.

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Varejistas operam no vermelho
As ações das varejistas também são penalizadas neste pregão. Em relatório, o Santander disse que apesar de bons fundamentos, as ações do setor possuem um potencial limitado de alta e estão saindo fora do radar dos investidores. 

Os papéis da B2W (BTOW3) recuam 4,33%, sendo cotados a R$ 13,47. Um pouco mais distante, aparecem as ações da Hypermarcas (HYPE3), Natura (NATU3) e Lojas Americanas (LAME4), com quedas de 2,93%, 1,67% e 1,85%, respectivamente, a R$ 17,22, R$ 51,38 e R$ 17,47. 

MPX recua com possível venda do controle da empresa
Fora do Ibovespa, as ações da MPX (MPXE3) caem 3,95%, sendo cotadas a R$ 9,98. Os papéis refletem a notícia de que Eike Batista colocou à venda o controle da empresa de energia do Grupo EBX. Segundo informações da coluna Radar, da Veja, o comprador preferencial é a gigante alemã E.ON, que já é dona de 10% da companhia.  A XP Investimentos tem o mandato para fazer o negócio. Nenhuma companhia comentou oficialmente o assunto.

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Em reunião realizada em 30 de janeiro, durante a apresentação dos resultados anuais, a diretoria da E.ON disse que pretende fazer injeções de capitais no Brasil para atingir o crescimento orgânico dos seus negócios no país.

Em janeiro de 2012, a MPX e a E.ON firmaram um acordo que previa a entrada da alemã no capital social da empresa e a criação de uma joint venture (50%/50%) para desenvolver projetos de geração de energia no Brasil. Na ocasião, a E.ON assumiu 10% de participação na companhia. Em julho, a alemã aumentou sua participação para 11,7%, em decorrência da subscrição de ações ordinárias da MPX, em processo de aumento de capital.

Biomm dispara mais de 30%
Outro papel que chama atenção neste pregão é o da Biomm (BIOM3; BIOM4), empresa especializada em produtos biotecnológicos. As ações ordinárias sobem 36,20%, indo para R$ 6,81, enquanto as preferenciais registram valorização de 49,0%, sendo cotadas a R$ 7,45. Nos últimos 12 meses, os ativos sobem 216,74% e 302,70%, respectivamente. 

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Mesmo com o desempenho robusto, a Fama Investimentos acredita que ainda há espaço para a valorização dos papéis da companhia deve ocorrer à medida que maiores informações acerca do projeto sejam divulgadas, seguido pela efetiva captação de recursos e posterior inicio de produção e vendas da insulina.

O projeto a que a Fama Investimentos se refere é a construção de uma nova fábrica de insulina pela Biomm, que deve fazer uma nova emissão de ações e procurar financiamento de bancos de desenvolvimento para captar recursos.

Petros aumenta fatia na BRF
Por sua vez, a Petros vem na surdina ampliando sua participação nas ações da BRF (BRFS3), e na divulgação do próximo balanço, deve aparecer como maior acionista da companhia, à frente da Previ, segundo matéria do site O Estado de S. Paulo. O fundo de pensão dos funcionários da Petrobras deteria hoje 12,9% das ações da BRF, acima da Previ – caixa de aposentadoria dos funcionários do Banco do Brasil -, cuja participação continuará em 12,2%. 

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A Petros não apoiava a ideia do nome de Abilio Diniz, acionista do Pão de Açúcar (PCAR4), para o controle de administração da BRF, mas a tendência é que se acerte com a Previ por uma chapa de consenso para o conselho. 

Aperto nos contratos da Petrobras
O mesmo colunista disse ainda que as empresas de engenharia prestadoras de serviços para a Petrobras (PETR3; PETR4) não estão mais sozinhas. Algumas das maiores empresas de tecnologia da informação, como Stefanini, CTIS e Politec, foram convocadas pela Petrobras para renegociar valores dos contratos em vigor.

Santos Brasil: perdas com greve
Os cerca de nove mil trabalhadores do Porto de Santos já definaram que vão fazer greve de seis horas, na manhã da próxima sexta-feira, contra plano do governo de ceder à iniciativa privada até 95 terminais. A greve poderá ser ampliada para outros portos do País.

A Santos Brasil (STBP11) corre o risco de perder entre R$ 3 milhões a R$ 4 milhões por dia em receita por causa das greves, disse o diretor comercial da empresa, Mauro Salgado. 

Lucro da Multiplan cresce 19% no 4° tri
Dando continuidade à temporada de balanços, a Multiplan (MULT3) divulgou nesta segunda-feira seu resultado do quarto trimestre. A empresa de shopping centers apresentou lucro líquido de R$ 128,5 milhões entre os meses de outubro e dezembro do ano passado, uma expansão de 18,8% na comparação com os R$ 108,1 milhões registrados no mesmo período de 2011. No acumulado de 2012, o lucro líquido da companhia somou R$ 388,1 milhões, alta de 30,1%. 

Segundo a equipe de análise da XP Investimentos, o resultado da companhia foi positivo. A empresa tinha um cronograma agressivo no trimestre e conseguiu entregá-lo: três novos shopping centers (Jundiaí Shopping, Park Shopping Campo Grande e Village Mall), um complexo corporativo, com duas torres para locação (Park Shopping Corporate) e uma expansão (Riberão Shopping VI), que adicionaram 108,1 mil m² de ABL (Área Bruta Locável) própria no trimestre. 

Vale mencionar que a temporada de balanços segue agitada após o fechamento do pregão, com destaque para os números trimestrais de Oi (OIBR3, OIBR4) e Usiminas (USIM3, USIM5).

Ainda sobre a Multiplan também reflete neste pregão o anúncio de que encaminhou à Anbima pedido de análise prévia para uma oferta pública primária de ações ordinárias que pode movimentar cerca de pelo menos R$ 490 milhões. 

Controladora da JBS comprará Canal Rural por R$ 150 mi
A J&F, holding que detém o controle do frigorífico JBS (JBSS3), quer ficar mais perto do público do agronegócio e para isso comprará a rede de televisão Canal Rural da rede gaúcha RBS por aproximadamente R$ 150 milhões – valor a ser pago em dinheiro -, diz reportagem do O Estado de S.P. desta segunda-feira (18).

Segundo o jornal, a aquisição faz parte da estratégia da J&F de se aproximar do público do setor frigorífico. Esse é exatamente o foco do Original, banco do grupo que está sendo reformulado por Henrique Meirelles, que ocupa o cargo de presidente do Conselho de Administração da J&F desde que deixou a presidência do Banco Central. Meirelles almeja transformar o Original em um banco de varejo completo, diz a matéria.

BB deve instalar escritório de representação na Rússia
O Banco do Brasil (BBAS3) deve instalar escritório de representação em Moscou, “provavelmente no terceiro trimestre”, de acordo com o vice-presidente de negócios internacionais do banco, Paulo Rogério Caffarelli. A autorização foi dada pelo Banco Central na última quarta-feira. Falta o aval da autoridade monetária russa, mas Caffarelli disse que a negociação está adiantada. 

Caffarelli revelou que o objetivo é atender a empresas brasileiras que se internacionalizam cada vez mais, e cita como exemplo a Embraer (EMBR3), a joalheria H.Stern, a fábrica de carrocerias Marcopolo (POMO4), a Tramontina e o frigorífico JBS (JBSS3), dentre outros.  

Laep: impacto de pedidos de recuperação será relevante
A administração da Laep (MILK11) informou aos acionistas que ainda não tem como quantificar, no atual momento, o impacto negativo que o pedido de recuperação judicial da LBR terá sobre o patrimonio da Monticiano e, por consequência, sobre o seu próprio patrimônio, mas adverte que esse impacto certamente será relevante, já que a participação indireta detina na LBR constitui seu investimento mais importante.

A Monticiano Participações, detentora de ações da LBR, anunciou na manhã da última sexta-feira (16) que a LBR aprovou o pedido de recuperação judicial. Na véspera, a companhia havia anunciado a troca de seu presidente-executivo. Uma das principais acionistas da LBR é a Laep, com cerca de 25% do capital social. 

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