Lista dos 100 mais influentes do mundo traz de Maduro a Mujica e “esquece” Brasil

Barack Obama, Hillary Clinton, Janet Yellen e até o megainvestidor Carl Icahn foram lembrados pela revista americana e apareceram entre os destaques

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Apenas um brasileiro marcou presença na recente publicação da revista americana Time, que divulgou na última quarta-feira (23) a lista das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2014: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, mas não da forma desejada pelos brasileiros. O craque considerado maior jogador da história do futebol não figurou entre os protagonistas, mas sim, entre os autores dos textos sobre as personalidades ao falar sobre o português Cristiano Ronaldo.

O decepcionante esquecimento do Brasil, atual sétima maior economia do mundo, na lista dos mais influentes do planeta contrasta com a lembrança de nomes importantes vindos de outros países latino-americanos e economias emergentes. Os presidentes Nicolás Maduro e José Mujica representaram Venezuela e Uruguai na lista da Time, enquanto o papa Francisco colocou a Argentina nos holofotes, com direito a texto feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – também entre os protagonistas.

Ainda no cenário político-econômico, também foram lembrados os líderes asiáticos como o chinês Xi Jinping e o japonês Shinzu Abe. Os Estados Unidos foram muito lembrados na revista e viram nomes de Janet Yellen a Barack Obama e Hillary Clinton sendo lembrados pela publicação americana.

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Veja as principais falas sobre as personalidades da Time:

Carl Icahn: “Carl exige mudanças em uma América corporativa focada em manter o status quo. Ele traz ideias à mesa”, escreveu o investidor americano T. Boone Pickens, em texto intitulado “The Wolf of Wall Street reborn” (O Lobo de Wall Street renascido, em tradução livre).

Papa Francisco: “Independentemente de nossa posição de vida, estamos vinculados por obrigações morais entre nós. Seu exemplo de vida nos desafia a viver obrigações através do trabalho – para aliviar a pobreza, reduzir as desigualdades e promover a paz”, afirmou Barack Obama.

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Angela Merkel: “Depois do triunfo de 2006, veio uma crise financeira em 2007; mais uma vez Merkel teve que convencer os alemães céticos de que a mudança era necessária – para resgatar a economia da Europa. Merkel presidiu um momento de transformação” , afirmou o ex-jogador de futebol alemão e atual técnico da seleção americana, Jürgen Klinsmann.

Barack Obama: “Suas políticas têm sido sólidas, especialmente no exterior, mas a sua execução tem sido negligente a ponto de ser desastrosa. [No entanto,] vimos apenas o primeiro de 66% da presidência de Obama. Ele ainda tem muito tempo para se recuperar e prosperar” , escreveu o colunista americano de política, Joe Klein.

Nicolás Maduro: “Um ano depois [da morte do antigo líder do país], sem aperto firme de Chávez no poder, Maduro está lutando contra males que vão da inflação galopante à escassez de alimentos e descontentamento popular. Dar a volta por cima agora depende de Maduro – e sua capacidade de sair da sombra de seu antecessor combativo e dos compromissos com seus oponentes” , observou o político indiano Nikhil Kumar.

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José Mujica: “Ainda é cedo para a nova política. Mas, no relógio do presidente Mujica, o Uruguai iniciou um experimento ousado e fascinante, que será acompanhado de perto pelos defensores da legalização [da maconha] em outros países-inclusive eu”, escreveu a colunista e blogueira americana Meghan McCain.

Janet Yellen: “Com Janet agora no comando do Fed, América e do mundo, também pode dar um suspiro de alívio”, afirmou a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde.

Shinzu Abe: “As políticas de Abe foram projetadas para derrotar a deflação, inflamar os gastos dos consumidores e restaurar o dinamismo econômico, e depois de apenas 20 meses, os japoneses têm motivos para acreditar que uma recuperação duradoura está finalmente à vista”, afirmou o secretário do Tesouro americano Jack Lew.

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Xi Jinping: “Xi Jinping emergiu como o líder chinês mais transformacional desde Deng Xiaoping. Seu estilo firme transpira confiança ao revelar pouco, capturando a atenção de líderes em todo o mundo” , afirmou o ex-embaixador americano na China, Jon Huntsman.

Vladimir Putin: “Através de suas ações ilegais na Ucrânia, Putin lembrou-nos que os líderes dos grandes países são mais perigosos quando eles inventam seus próprios fatos. A visão de mundo de Putin é colorida por ficções tóxicas”, disse a ex-secretária de Estado americana Madeleine Albright.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.